Por RFI
Publicada em 24/12/2020 às 09h43
As autoridades israelenses anunciaram na quinta-feira (24) um terceiro lockdown de pelo menos duas semanas para conter o aumento das contaminações pelo novo coronavírus, alguns dias após o lançamento de uma campanha de vacinação nacional contra a Covid-19.
“Um confinamento geral será imposto a partir de domingo 27 de dezembro, às 17 horas, por duas semanas”, indicou o gabinete do primeiro ministro Benjamin Netanyahu em um comunicado. Esta medida poderá ser prolongada por duas semanas se o limiar de 1.000 novos casos diários for ultrapassado, de acordo com o documento.
Segundo as novas regras, os israelenses não poderão se afastar a mais de um quilômetro de seus domicílios e a maioria do comércio será fechada, mas entregas serão permitidas. Os setores profissionais que não recebem público devem conservar 59% do pessoal em seus locais de trabalho. Também será permitido sair de casa para se vacinar e as escolas permanecerão abertas.
Após uma primeira quarentena nacional no primeiro trimestre de 2020, as autoridades impuseram uma segunda em setembro, quando o país teve a taxa de infecções mais alta do mundo. Após uma queda, as contaminações voltaram a subir. Israel conta atualmente 385.022 casos de Covid-19 e 3.150 mortes, para uma população de 9 milhões de habitantes.
Variante e endurecimento das medidas sanitárias
Na quarta-feira (23), o governo israelense confirmou quatro casos da variante do vírus que surgiu no Reino Unido. Nesta semana, foi proibida a entrada no país de pessoas provenientes da Inglaterra, da Dinamarca e da África do Sul, onde uma outra variante do coronavírus foi detectada.
O governo também endureceu as medidas sanitárias e impôs uma quarentena obrigatória a todos os viajantes que chegarem a Israel. O anúncio da quarentena ocorre e meio à campanha de vacinação contra a Covid-19, lançada no país na segunda-feira (21).