Por Poder360
Publicada em 23/12/2020 às 09h39
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se recusou nessa 3ª feira (22.dez.2020) a ratificar o pacote de ajuda de US$ 900 bilhões (cerca de R$ 4,6 trilhões) para aliviar os efeitos da pandemia na economia norte-americana. Segundo o republicano, o projeto aprovado pelo Congresso na 2ª feira (21.dez) é uma “vergonha”.
Ele exige que sejam feitas emendas ao texto. “Pedirei ao Congresso que elimine imediatamente os itens inúteis e desnecessários dessa legislação e apenas me envie um projeto de lei adequado”, afirmou.
Trump argumenta que trechos do projeto não estão relacionados à covid-19. Num discurso que foi postado em sua página do Facebook, ele diz que o pacote “não tem quase nada a ver com a covid”.
“Esse pacote contém US$ 85,5 milhões para assistência ao Cambodia, US$ 1,3 bilhão para o Egito e ao corpo militar do Egito, que vai comprar equipamento militar russo, US$ 25 milhões para a democracia e programas de gênero no Paquistão, US$ 505 milhões para Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá.”
O presidente norte-americano diz que parte do dinheiro, US$ 40 milhões, iria para o Kennedy Center, em Washington, que “não está nem aberto para negócios”. Outros US$ 154 milhões seriam destinados à National Gallery of Art, que “essencialmente também não está aberta”.
“Eu peço que o Congresso faça emendas à essa proposta e aumente os ridículos US$ 600 para US$ 2.000 ou US$ 4.000 para um casal”, diz Trump. O valor foi anunciado como auxílio a trabalhadores desempregados.
Além de pagamentos a pessoas em situação vulnerável, o pacote propõe auxílios a pequenas empresas e à distribuição de vacinas contra a Covid-19.
Trump criticou o montante destinado a pequenos negócios, especialmente restaurantes. Ele diz que, com isso, pouco dinheiro seria destinado ao “povo americano, que precisa, e que não tem culpa [pela pandemia]”. “A culpa foi da China.”
No final do discurso, Trump diz a mudança é necessária para evitar que a próxima administração precise aprovar um novo pacote de alívio. “E talvez essa administração seja eu”, declara.