Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 16/01/2021 às 11h16
A população mundial está ansiosa, preocupada e assustada com a nova onda de coronavírus. Sem a disponibilidade da vacina não há como a economia se estabilizar, a população se acalmar e se preparar para um novo mundo, que vem prela frente.
Como se previa, após as eleições municipais, que elegeram prefeitos, vices e vereadores em novembro último, adiadas de outubro, mas que pelo mínimo de bom senso deveriam ser suspensas e realizadas com as eleições gerais (presidente da República, governadores e seus vices, uma das três vagas ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas) marcadas para 2022. As comemorações logo em seguida do Natal e do Ano Novo, contribuíram para aumentar a contaminação pelo covid19 de forma assustadora, assim como o número de óbitos, problemas previsíveis, mas devido à falta de maiores cuidados da população, relaxamento com o protocolo contribuíram, para a situação crítica como em Manaus, onde até oxigênio faltou para atender a demanda de pacientes.
Em Rondônia os cuidados para se evitar a contaminação também não seguiram as normas mínimas de segurança, como o uso de máscaras, distanciamento, higiene pessoal e utilização de álcool em gel. Após as festas de final de ano, mesmo restritas, mas que ocorreram em larga escala na capital e no interior vieram as consequências com a elevação repentina do número de contaminados e de óbitos.
Os bares noturnos sempre lotados e festas nas cidades, na área rural e em banhos também contribuíram para o aumento da contaminação. Onde há aglomerações não há como se evitar contaminação, mais quando os mínimos cuidados protocolares não são observados, como ocorre na maioria desses locais.
Hoje não temos leitos suficientes para atender os contaminados na maioria dos municípios de Rondônia. O governo do Estado, tardiamente editou um novo decreto restringindo a circulação de veículos e pessoas em Porto Velho e em mais 28 municípios dos 52 do Estado. São medidas duras, mas necessárias e que não deveriam ter sido relaxadas para se evitar a crítica situação do momento. Inclusive nas rodovias, a não ser por extrema necessidade, urgência.
A ansiedade pela vacina também é enorme no Estado. Recentemente o prefeito-reeleito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) e a deputada federal e presidente regional do PSDB, Mariana Carvalho estiveram no Instituto Butantan, em São Paulo, que produz a vacina CoronaVac. Em seguida anunciaram, que comprariam a vacina para porto Velho, e que o município, teria recursos financeiros para isso.
Na ocasião Hildon criou uma enorme expectativa para a população da capital. Se o município tem condições de adquirir a vacina, por que não se consumou a compra? Por que o governo do Estado, ainda, não se pronunciou sobre o início da vacinação, que o governo federal anunciou para o próximo dia 20?
O momento é crítico, difícil e exige o máximo de rigor no cumprimento do protocolo, mesmo que ele seja enérgico. Somente com ações rápidas, rigorosas se conseguirá amenizar a situação bastante delicada, preocupante, e assustadora até, da população, que espera ações realmente efetivas dos nossos governantes.
A partir deste sábado (16) Rondônia passa a ter um novo meio de vida, mais restrito, com proibições a várias ações que eram normalmente praticadas no dia-a-dia das pessoas. É uma maneira dura, mas necessária, para que a maioria da população possa ter mais segurança e evitar ao máximo a contaminação pelo coronavírus, que em muitos casos é letal.
Cumprir as normas do novo decreto é uma obrigação cidadã, pois envolve vidas. Mas também se espera muito mais de nossas autoridades estaduais e municipais na busca da vacina, por enquanto, único antídoto para a pandemia, mas que continua distante da nossa população.