Por José Luiz Alves
Publicada em 22/01/2021 às 08h00
Conta salgada...!
Com o colapso provocado na economia pelo coronavirus batendo na porta de milhares de brasileiros, a pergunta é: quem vai bancar a conta? Não precisa ser gênio e nem matemático, para vislumbrar que mais uma vez, essa promissória vai cair no bolso do setor produtivo principalmente do agronegócio. Os programas sociais gerados à toque de caixa pelo Governo Federal não surtiram os efeitos desejados, pelo contrário acordou a velha e temerosa inflação que dormia em berço esplendido.
A crise é séria e de acordo com economistas, a tendência é de que venha se agravar nos próximos meses, mesmo que as vacinas que estão surgindo reduzam os efeitos das enfermidades. O comércio e indústrias de pequenos e médios portes responsáveis pela geração de milhares de empregos e benefícios sociais, também entraram em parafuso, sobrando por outro lado a produção no campo que vai equilibrando a balança.
Por analogia, a conta social não fechará tão cedo, e, mais uma vez de onde virá os recursos para tapar as crateras expostas pelo coronavirus? Os cofres públicos estão raspados em função dos elevados custos sem retorno dos ditos programas sociais, oxigenados pelo paternalismo. Felizmente para o agronegócio que sabe caminhar com as próprias pernas, os programas para custeio e investimentos continuam dando conta do recado.
Que beleza...!
Percorrer a BR 364 entre a Ponte no rio Madeira, na Ponta do Abunã, a beleza revelada pelas lavouras de soja margeando a rodovia é de encher os olhos dos viajantes quem não resistem à imponência que vem do campo com amplas áreas verdejantes, outras amarelando as folhas, assim como as que já estão prontas para ser colhidas pelos modernos equipamentos. Do outro lado da ponte que ainda não foi inaugurada as margens da rodovia 364 até a divisa com o Acre outras lavouras despontam no horizonte.
Boa colheita!
Os levantamentos realizados pelos produtores rurais no município de Porto Velho, nas primeiras lavouras colhidas mostram uma média de produção de 60 sacas de 60 quilos da oleaginosa, por hectare cultivada, isso é uma produção acima da média nacional. Na sequência após a retirada da soja vem o plantio de milho safrinha, produtos que na atualidade encontram ótima aceitação no mercado externo, gerando renda aos que investem e acreditam no agronegócio.
Orientando!
O presidente da Agência Idaron, Júlio Peres, neste momento de pandemia do coronavirus está orientando os produtores rurais para usar o sistema online, como medida preventiva para realizar negócios e retirar documentos evitando deslocamentos e contatos com outras pessoas no sentido de preservar a saúde. Segundo Júlio Peres, os escritórios da Agência continuam atendendo em todo o estado mesmo cumprindo as restrições impostas pela legislação.
Ao produtor rural...!
Confira algumas dicas importantes de preservação à Covid-19, passada pela Agência Idaron: “evite fazer visitas para ou deslocamentos desnecessários para cidades vizinhas ou propriedades vizinhas; se receber visita, evite o contato próximo e mantenha distância de metros; quando chegar em casa, troque imediatamente as roupas e calçados, não misturando com outros itens; não compartilhe tereré ou chimarrão, além de copos, talheres, toalhas e quaisquer objetos de uso pessoal. Digas interessantes aos produtores rurais.
A união faz a força!
Para o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil, (OCB-RO) regional de Rondônia, Salatiel Rodrigues, o momento é de união entre as forças produtivas neste estado para evitar a propagação do coronavirus. Ele Lembrou que “só a união faz a força” e acentuando que o sistema cooperativista vem dando exemplos positivos neste momento de pandemia, frisando as parcerias entre a OCB, e Banco do Povo para atender os pequenos e micros empreendedores rurais.
Ingratidão!!!
A história é ingrata com os seus heróis. No dia 21 de janeiro completara 160 anos do nascimento em Porto Alegre (RS) de Roberto Landell de Moura, o primeiro inventor do rádio e cientista brasileiro, em 1867. Poucos lembram que ele foi o primeiro no mundo a transmitir a voz humana por ondas de rádio sem fios, em duas oportunidades testemunhadas e documentadas pela imprensa, uma em 1899 e outra em 1900. À história deste brasileiro, como de tantos naturalmente vai caindo no esquecimento. De fato, somos um povo desmemoriado.
Até a próxima
Vou ficando por aqui desejando a todos uma boa leitura e cuidado com o coronavirus, evitando festas e aglomerações. Um detalhe curioso: com a fiscalização mais rígida tem muita gente se aglomerando e bebericando umas e outras nos botecos depois das 20 horas com as portas totalmente fechadas. Êta nóis, como diziam os caipiras antigamente.