Vídeos recentes enviados por um leitor do FOLHA DO SUL ON LINE mostram os ataques de botos a cardumes de peixes num trecho do rio Guaporé, em Pimenteiras do Oeste. A cena seria comum em qualquer época do ano, não fosse por um detalhe: as águas estão muito abaixo do normal.
O site confirmou, junto a moradores e turistas, que o rio está bem mais baixo este ano. E isso trouxe dois grandes problemas ambientais: a correnteza mais fraca dificultou a piracema e as baías estão secas. Com isso, muitos peixes morreram por falta de oxigênio nestes espaços aquáticos, que em tempos normais alimentam o rio, ao qual são ligados quando o volume de água está dentro da média.
Um dos vídeos enviados pelo leitor mostra pessoas caminhando num local onde as pedras estão visíveis. Na época de cheia, toda essa área fica tomada pela água. Em alguns trechos do Guaporé, que eram profundos, é possível entrar com a água batendo na canela.
O volume do rio é consequência direta de um problema climático, mas o assoreamento dele é reflexo de ações humanas. Segundo um conhecido militante da causa ambiental no Cone Sul, dois fatos explicam a situação: lavouras muito próximas das margens e a prática de esportes náuticos com a utilização de motores potentes. As duas ações levam ao desbarrancamento das margens, que afetam o curso d´água, o que fica mais evidente na temporada de estiagem.
CLIQUE ABAIXO e assista o vídeo mostrando o ataque dos botos.
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