Por Isto É Gente
Publicada em 20/01/2021 às 08h52
Carol Narizinho ficou conhecida em 2012 ao se tornar assistente de palco do ‘Pânico’, uma das panicats. Em conversa com a Quem, ela relembrou os ataques machistas que recebeu e fala sobre a relação com o seu corpo.
“Sempre quis quebrar esse preconceito que as pessoas, principalmente as mulheres, tinham em relação a minha imagem por eu ter trabalhado de biquíni e ser ex-panicat. Eu já estava sete anos fora da TV, mas ainda recebia ataques em redes sociais e até de repórteres que tinham essa visão machista de me ver como uma mulher objeto e gostosa, que é burra”, contou ela.
“Sofri muito assédio nos bastidores da TV. Muitas pessoas com cargos maiores tentaram me comprar de alguma forma. Tentavam me convencer a fazer tal coisa, convidavam para vinho… Diretores davam algumas indiretas de coisas que poderia fazer para conseguir algo melhor, mas nunca me submeti a isso.”
A ex-assistente de palco também contou que a pressão para ter um “corpo perfeito” era muito grande. Segundo ela, o diretor do programa chegava a humilhar as meninas.
“Tinha muita pressão para ter o corpo perfeito. Toda semana antes de entrar no ar, o diretor ia no camarim, apontava os nossos defeitos na frente uma da outra, dizia quem estava gorda, com celulite… Uma vez, ele me falou, na frente de fãs, que eu estava com celulite e que a minha bunda estava cheia de buraco. Já o vi humilhar meninas por ter estrias ou por estar com o cabelo feio. Tinha bastante cobrança”, relembra.
“Tanto por causa do Pânico quanto pelo Carnaval, sofria aquela pressão de estar com o corpo perfeito. Tinha que dançar e não ter uma celulite, ser durinha, perfeita… Entrei em muitas neuras. Comecei a fazer dietas absurdas, que me deixaram traumatizadas. Antes do Pânico, também fiz uso de anabolizantes porque queria o corpo dos sonho. Carrego até hoje os danos no corpo. A voz modificou, tive muita queda de cabelo, excesso de suor e espinhas. Meu joelho doía pelo excesso de carga que eu pegava”, contou.