Por Rondoniadinamica
Publicada em 13/01/2021 às 11h11
Porto Velho, RO – Quem esperava que 2021 fosse uma espécie de redenção para o ano anterior em relação aos desdobramentos do novo Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) certamente está abismado com janeiro.
Mortes em profusão, hospitais abarrotados de gente, o Estado de Rondônia obrigado a alterar o status de nível de circulação em vários municípios, com pelo menos sete deles beirando a restrições semelhantes ao lockdown, e, ainda assim, boa parcela da sociedade permanece duvidando da realidade diante da fuça.
Somente ontem, última terça-feira (12), o Boletim oficial encaminhado às redações e veiculado ao povo de modo geral pela Secretaria de Saúde (Sesau/RO) trouxe o número aterrador de óbitos: 26!
Dezesseis deles só em Porto Velho.
Como o jornal eletrônico Rondônia Dinâmica já veiculou, lidar com a perda em estatísticas abundantes e crescentes tornou-se o “novo normal”, entretanto, o que não pode ser normalizado, jamais, é o deboche. O desdém. O desprezo. A depreciação. O escárnio. A indiferença. O menosprezo. Enfim, todos esses vocábulos são sinônimos da mesma conduta: o dar de ombros aos concidadãos, parentes, amigos, pais, filhos, avós, avôs, irmãos, irmãs, gente da gente, fazendo questão de romper esses laços da pior maneira possível.
Se tudo isso já não fosse horroroso o suficiente, agora a nova moda é tirar sarro e/ou lançar dúvidas a respeito da eficácia da vacina estritamente por questões de cunho político-ideológico.
Com isso, o estado beira os dois mil falecimentos, porém, paralelamente, os desacreditados prosseguem suas procissões de marginalização às convenções sanitárias matando por tabela.
O último editorial publicado por este jornalístico intitulado “Autoridades do Palácio Rio Madeira se desarmam do discurso político, anunciam CoronaVac e restringem circulação em seis municípios de Rondônia” trouxe à tona uma romaria de apedeutismo à rede social da redação fora de precedentes.
Os comentários esdrúxulos ilustram perfeitamente a tríade da morte: obscurantismo, ignorância e estupidez crônica.
A despeito de esta página de notícias defender e respeitar a mais irrestrita liberdade de expressão, e isto até além das limitações impostas pela Constituição Federal de 1988, há manifestações que, apesar de não censuradas, devem ser combatidas, repelidas, rechaçadas e açoitadas como entoações máximas de desinformação.
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EXEMPLOS (SEM CORREÇÃO):
"Usuário A:
“Em mim,NÃO, sai pra lá coronavac aplique em vcs”.
Usuário B:
“Esses canalhas que apliquem a coronavac nas mães deles!”.
Usuário C:
“Quem quiser que tome, eu nao vou tomar!!” e “NÃO DEIXEMOS NOS ESCRAVISAR,....TOMEM IVERMECTINA E SOL”.
Usuário D:
“So tem pilantra nesse galinheiro de comunistas”.
Usuário E:
“Comunistas mesmo”.".
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Chega a ser inacreditável e até surreal o fato de o Planeta Terra ter chegado ao século XXI, fechando o primeiro quinto, inclusive, com dados científicos em massa facilmente acessíveis pela Internet e ainda existirem pessoas tão ínscias a ponto de tecerem pontos de vista inócuos, retrógrados e completamente fora dos padrões estabelecidos pela vivência palpável das coisas.
São mentes voláteis que precisam aterrissar urgentemente.
Por sorte, há quem pense por eles e aja corretamente e a imunização está chegando.
É um acerto das autoridades entre tantas críticas às quais realmente merecem. Desta feita, agiram certo: especialmente às do Palácio Rio Madeira na gestão do governador licenciado Coronel Marcos Rocha, sem partido.
Fernando Máximo, que já foi criticado, sim, por este jornal, agora age como verdadeiro secretário de Estado ignorando picuinhas políticas para fazer o certo. E é assim que se comporta um estadista.
Ponto final.