Por Folha do Sul
Publicada em 09/01/2021 às 10h02
Na noite de sexta-feira, 08, lanchonetes e bares localizados em vários pontos da cidade de Vilhena foram interditados por desobedecerem o novo decreto municipal que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos, entre outras restrições, a fim de evitar a disseminação do Coronavírus, uma vez que o município bateu o recorde de contaminação diária, com 134 novos casos.
Apesar da grave situação, onde pessoas estão morrendo por não resistirem à doença e até mesmo por falta de leitos, a atitude de alguns empresários, profissionais da música e da própria população, que mesmo diante do caos realizaram promoção de chopp, protesto e aglomerações na principal avenida da região central da cidade, levou o prefeito Eduardo Japonês (PV) a tomar medidas drásticas.
Com a Polícia Militar, Bombeiros, Conselho Tutelar e Vigilância Sanitária nas ruas, foi realizado um verdadeiro "arrastão" que interditou estabelecimentos, apreendeu produtos e teve até empresário fugindo pra não ser preso.
O flagrante de desrespeito ocorreu exatamente no momento em que a Secretaria Municipal de Saúde emitiu o boletim diário referente ao número de contaminações, que vem mantendo uma média próxima de 100 novos casos confirmados por dia e também, através do qual foi noticiado que 100% dos leitos clínicos e de UTI do município já estão lotados.
Com a grande maioria dos pacientes com faixa etária acima dos 60 anos e com a irresponsabilidade da população, a junta médica do município trabalha na pior fase da pandemia, onde pra socorrer um paciente que necessite de intubação, tem que esperar um se recuperar ou morrer, literalmente.
Outra opção dos médicos é transferir para um município onde haja vaga e torcer para que o paciente resista à viagem, sorte esta que não teve a paciente Rosângela Aparecida Alves de Lima, servidora do município de Chupinguaia, que morreu a caminho de Porto Velho, com uma pneumonia grave, por não encontrar vaga nas UTIs de Vilhena e Cacoal.