Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 02/01/2021 às 11h14
Novo ano, muita expectativa, enorme esperança para a chegada de uma vacina, que realmente interrompa o ciclo maléfico do coronavírus, que ceifou a vida de milhares de pessoas em todo o mundo durante o ano de 2020. Não há como negar, que 2020 foi um ano de desafios e, o maior deles a façanha de conviver com a morte e conseguir sobreviver, porque não existe um antídoto, no caso a vacina, que está chegando, felizmente. Hoje, para conter o vírus, apenas o tratamento, nem sempre 100%.
Mas estamos em um novo ano, com esperanças renovadas e muita fé não apenas na recuperação da economia, da vida social, da convivência familiar, que ficaram restritas ao confinamento. A esperança é de poder trabalhar normalmente, passear, abraçar e beijar as pessoas, que a gente tanto ama e que estão distantes, mesmo estando perto, devido ao perigo –e o medo– da contaminação.
No ano da pandemia tivemos eleições municipais (prefeito, vice e vereador), que esteve na iminência de suspensão devido ao coronavírus, mas foi adiada de outro para novembro do ano que terminou esta semana. Alguns prefeitos e vereadores foram reeleitos para mais um mandato, dentre eles o de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), que teve um primeiro turno difícil, mas um segundo nem tanto, quando superou sua adversária, hoje ex-vereadora Cristiane Lopes (PP).
Negar que Hildon conseguiu realizar uma administração eficiente é faltar com a verdade. Teve erros e acertos, o que é normal no humano, mas se manteve livre, ao menos durante seus primeiros quatro anos da corrupção, que é o “câncer”, o “covid-19” da política brasileira. Em Rondônia, nunca a nossa polícia de elite, a Federal (PF) trabalhou tanto como em 2020, inclusive com a prisão de quatro prefeitos, assessores, empresários pela prática da maldita corrupção, que convive lado-a-lado com a maioria dos nossos políticos, infelizmente.
Porto Velho, para quem conhece e também para quem não conhece, agora vai saber, tem menos de 3% de rede de esgoto na área central, existente desde a fundação da cidade, que completou 106 anos na última sexta-feira (2). E a “Estação de Tratamento” é o rio Madeira, que margeia a cidade e tem duas das maiores hidrelétricas do mundo, a de Jirau e Santo Antônio, modernas e já no sistema de vasão, como no Canadá e não por queda, como é Itaipu, em Foz do Iguaçu, no Paraná, que alaga centenas de vezes mais terras produtivas. Itaipu, inclusive, “engoliu” Sete Quedas, uma das belezas naturais do mundo.
Hildon não teve como pauta principal o saneamento básico na sua proposta de campanha à reeleição, mas em recente pronunciamento público, dias antes da posse, que ocorreu na tarde da última sexta-feira (1º) disse que a principal e seguramente a mais importante prioridade do seu novo governo é 100% de saneamento básico na capital. E garantiu que não é promessa de campanha e muito menos demagogia, mas sim um compromisso, que estava assumindo com a população de Porto Velho.
Um projeto de saneamento básico ousado, como Hildon está propondo e garantia que irá concluí-lo no seu novo mandato, será a realização de um sonho de muitos anos dos moradores de Porto Velho, seja do centro ou dos bairros. É um desafio e ao mesmo tempo um momento de novos rumos na política da centenária Porto Velho.
Hildon também poderia mobilizar sua equipe, para que a área do outro lado do rio Madeira, que já foi aprovada na câmara de vereadores como urbana, possa ser saneada e urbanizada de forma moderna, com ruas e avenidas largas, com muita arborização, pistas para ciclistas e pedestres, áreas de lazer. Projetar uma Nova Porto Velho em todos os sentidos, inclusive com a restrição da construção de prédios com um máximo de andares. É uma sugestão, que há anos propomos.
Outro problema sério, que Hildon e seus comandados devem resolver é a questão da rodoviária da capital, que vem há anos passando por várias administrações, inclusive o seu primeiro mandato sem solução. Continuamos dependendo de um “Ponto de Ônibus” sem as mínimas condições de atender as necessidades de passageiros, empresas de ônibus e seus funcionários, além dos comerciantes. Na verdade Porto Velho tem uma “Rodolixo” sem as mínimas condições, inclusive de saneamento para poder atender a demanda do setor.
Como o vice de Hildon é o jovem Maurício Carvalho, também do PSDB, de família experiente na política onde o pai, Aparício já foi vereador na capital, vice-governador e deputado federal e a irmã, Mariana no segundo mandato na Câmara Federal não será nenhuma pretensão ousada Hildon concorrer ao governo do Estado no próximo ano, com enormes condições de sucesso. A cidade continuará em boas mãos. Uma dobradinha com Hildon ao governo e o ex-senador Expedito Júnior, uma das fortes lideranças dos tucanos em Rondônia concorrendo à única das três vagas ao Senado, o PSDB será um adversário duro de ser batido e com chances enormes de fazer, como se diz na gíria popular “cabelo e barba” em 2022.
Hoje o maior problema de todos os segmentos da população, principalmente dos políticos é encontrar um caminho para amenizar a ação permanente do covi-19, que desafia o mundo da ciência e em muitos casos, mata. Mas como a vacina está chegando e com ela a esperança de vitória sobre o vírus, daqui a um ano e dez meses teremos as eleições gerais para escolha do presidente da República, governadores e seus vices; uma das três vagas ao senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas. E a mobilização já é intensa nos bastidores da política, onde os preparativos para o futuro político só perde para o coronavírus
Para as eleições de 2022, Rondônia já tem um nome em destaque para disputar o governo do Estado, o do prefeito-reeleito de Porto Velho, Hildon Chaves, que junto com o futuro presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Alex Redano (PRB-Ariquemes), que assumirá no próximo dia 1º a presidência da Casa do Povo, sua esposa, a prefeita-eleita de Ariquemes, Carla Redano (Patriota) e o prefeito-eleito de Cacoal, ex-deputado estadual Adailton Fúria (PSD) são as lideranças políticas emergentes do Estado.