Por CNN Brasil
Publicada em 12/01/2021 às 10h02
Depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) solicitar, via ofício, que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) garantisse um lote de vacinas contra o novo coronavírus só para a Suprema Corte, a Caixa de Assistência dos Advogados de Rondônia também tentou furar a fila e garantir a imunização antes do restante dos brasileiros.
Em ofício enviado à Fiocruz no dia 22 de dezembro do ano passado, o grupo de advogados alega que está “preocupado” com o combate à Covid-19. No entanto, o próprio documento afirma que a maior parte dos advogados daquele estado “é jovem, com menos de 55/60 anos”, ou seja, fora do grupo de maior risco para doença.
“Advogados e estagiários costumam frequentar hospitais quando vão entrevistar clientes e, principalmente nos presídios, onde podem conduzir o vírus a esses locais tão vulneráveis”, justificam-se os advogados para pedir a doação de 5 mil doses da vacina.
Para tentar convencer a Fiocruz, o grupo afirmou, ainda, que iria arcar com os custos de transporte do imunizante.
A resposta da Fiocruz foi a mesma enviada ao Supremo Tribunal Federal, cuja solicitação fora de 7 mil doses, em novembro. Em ofício, a instituição escreveu que toda a produção da vacina contra Covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa Astrazeneca, será “integralmente destinada ao Ministério da Saúde”.
“Infelizmente, a Fiocruz não possui autonomia nem para dedicar parte da produção para a imunização de seus servidores e colaboradores”, afirmou a fundação.
Nota de Esclarecimento da CAARO
Prezado colega
Segue nota de esclarecimento a respeito da aquisição de vacinas por parte da Caixa de Assistência dos Advogados de Rondônia (CAARO).
NOTA DE ESCLARECIMENTO: Aquisição de Vacinas
A CAARO – Caixa de Assistência dos Advogados de Rondônia vem a público esclarecer a advocacia rondoniense, a sociedade civil e as instituições públicas e privadas que, desde que se iniciou a pandemia da Covid-19, não tem medido esforços no sentido de desenvolver projetos e executar ações para apoiar e amparar seus inscritos, quer no suporte de suas atividades profissionais quer na prevenção dessa maldita doença.
Podemos citar algumas ações exitosas como a distribuição de álcool em gel, máscaras, luvas, dentre outros EPIs e, mais recentemente, distribuímos mais de 8(oito) toneladas de alimentos, remédios, dentre outros, tudo visando minorar os efeitos da pandemia e minimizar as sequelas e a angústia desse pavoroso mal do século.
Com a descoberta de vacinas que previnem a doença pandêmica, a diretoria da CAARO percebendo que não havia à época nenhum plano de vacinação, manifestou o interesse em adquirir ou caso não fosse comercializado a doação de vacinas de institutos brasileiros que, em parceria com laboratórios estrangeiros, à época ainda intencionavam produzir a vacina.
Todavia, ressalve-se que, em nenhum momento desejamos ou planejamos ter a mínima intenção em retirar vacinas do sistema público ou mesmo “furar filas” para beneficiar a advocacia e seus integrantes, até porque estamos buscando adquirir vacinas, seja de laboratórios internos, seja de laboratórios estrangeiros e, o ato vacinal se dará por nossa responsabilidade e custo, não utilizando nenhuma estrutura pública.
Nosso desejo e missão institucional foi e sempre será, cuidar dos advogados e advogadas de Rondônia e para tanto a CAARO há mais de 8(oito) anos já realiza a vacinação em prevenção da gripe H1N1, adquirindo as doses necessárias, sendo que no último ano, foram importadas da França, diante da indisponibilidade no mercado interno e, diante da alegada impossibilidade do poder público em disponibilizar a toda a população.
Por fim esclarecemos que a advocacia rondoniense pode ficar segura que a CAARO está buscando meios de adquirir as vacinas que possam prevenir a doença e, assim que conseguirmos, iremos sim disponibilizar a todos os nossos colegas inscritos os quais, ao nosso ver, laboram em área de extremo risco, à exemplo de presídios e hospitais, onde podem tanto se contaminar como também levar contaminação a pessoas que se encontram confinadas e com baixa imunidade.
Diretoria da CAARO