Por ASCOM
Publicada em 23/01/2021 às 11h07
O deputado Adelino Follador (DEM) disse nesta sexta-feira (22) que concorda com as medidas governamentais de enfrentamento e combate à disseminação da Covid-19, mas defendeu uma ação rápida do Executivo Estadual para pôr fim aos abusos registrados no serviço de transporte dentro do Estado que estão virando caso de polícia.
Segundo o parlamentar, para se ter ideia desta situação crítica, já foram registrados casos em que uma corrida de taxi de Ariquemes a Porto Velho tem custo acima de R$ 1.220,00, segundo denúncias que lhe chegaram, visto que, em atendimento às prescrições legais (Decreto nº 25.728) as empresas de transporte intermunicipal estão proibidas de transladar passageiros para aeroporto na Capital, obrigando aos que retornam de viagens a procurarem abrigo em Porto Velho, impedidos de seguirem viagem para suas casas no Interior do Estado.
Ao chamar a atenção das autoridades de saúde do Estado, Follador foi enfático ao explicar este fenômeno que obriga os passageiros a permanecerem em Porto Velho e que está gerando outro problema de saúde. Segundo ele, o Executivo deve adotar providências urgentes para conter as aglomerações de passageiros nos hotéis da Capital e cidades do Interior, para atender suas próprias medidas de combate a pandemia. “É uma situação crítica, pois quem chega, não sai, por falta de transporte regular, e se obriga a ir para um hotel ou pagar uma fortuna, muitas vezes maior que o valor de uma passagem aérea, para ir de taxi para sua casa no Interior”, disse.
Adelino Follador disse que, por força do Decreto governamental, muitos terminais rodoviários do Estado foram desativados, suspenderam suas atividades, para atender as exigências sanitárias de interrupção dos serviços de transporte para atender a necessidade do distanciamento social e não aglomeração, situação que gerou outro problema para o cidadão usuário do sistema de transporte. O deputado explicou que, com isso, o transporte por táxi foi atingido em cheio, ante a exigência legal de diminuição do número de passageiros por translado, que provocou um aumento de até 600% no preço do serviço.
O deputado explicou também que, assim como o serviço de ônibus, os serviços prestados pelas Vans também estão suspensos, e muitos passageiros que tinham voos marcados perderam a viagem ou remarcaram seus compromissos, gerando prejuízos e problemas de toda ordem.
Follador voltou a defender as medidas de combate à pandemia, mas fez um apelo às autoridades da saúde para encaminhar alguma solução para tantas demandas da cidadania em meio à crise de saúde e econômica. “Não podemos aceitar que o cidadão de bem, já sofrido com as sequelas da crise, seja impiedosamente explorado por gente sem escrúpulo, ficando exposto aos riscos da insegurança de um serviço de transporte por clandestino que é”, disse afirmando que não se vê nesta seara a presença de órgãos fiscalizadores do Governo, como o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e Programa de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon).