Por Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 09/01/2021 às 10h26
O ano de 2020, difícil, onde convivemos –e continuamos– com o coronavírus durante todo o tempo, ou seja, com a possibilidade permanente de a morte ao lado terminou e iniciamos um 2021 cheio de esperanças. Ainda sem a vacina para que possamos retomar a nova realidade, pós-pandemia, que continua preocupando o mundo devido ao elevado grau de letalidade e, sem um antídoto eficaz, que possa garantir a retomada do trabalho, dentro de um novo “modus operandi”, onde a eletrônica é e será fundamental em todos os segmentos.
Apesar de os problemas que a pandemia trouxe é necessário planejar o futuro. Principalmente o político, pois durante este período difícil que estamos passando ficou muito evidente o quanto a ação política é importante, fundamental, quando se trata de um problema, que envolve toda a comunidade do planeta. No caso a pandemia.
Pudemos confirmar a inoperância do nosso Congresso Nacional, da maioria dos governadores e prefeitos, que não deram a devida importância para a gravidade do covid-19 e muitas vidas se foram em razão da volúpia pelo dinheiro, pelo vil metal. Governadores, secretários de saúde, ministros da área tiveram problemas, porque meteram a mão no alheio. Poucos foram punidos, mas certamente a Polícia Federal (PF), nossa polícia de elite, que trabalhou diuturnamente em 2020, mesmo com a pandemia, para combater a praga maior, que é a corrupção será fundamental na retomada de a dignidade pública, após o controle do covid-19.
O governo federal “amarrado” pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Congresso Nacional, a escolha de ministros comprometidos com ideologias político-partidárias e a falta de uma ação mais ousada contribuíram para a situação crítica provocada pela pandemia, que deverá ser amenizada, apenas com a vacina, que continua em ritmo moroso, preocupante, causando ansiedade e futuro incerto. Também não podemos negar a falta de compromisso social de boa parte da chamada “Grande Imprensa”, que mais tumultuou, que informou.
Mas como o mundo não pode parar e Rondônia faz parte dele, as eleições gerais (presidente da República, governadores e respectivos vices; uma das três vagas ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas) de 2022, estão no topo das discussões nos bastidores da política. No Estado já temos um quadro equilibrado, quase que formatado de como poderá ser a disputa pela sucessão estadual daqui a um ano e dez meses. E com uma novidade: o ex-governador Ivo Cassol, que estaria inelegível para as eleições de 2022 poderá estar entre os candidatos.
O governador Marcos Rocha (Sem Partido), mesmo realizando um trabalho “morno”, e neste segundo ano prejudicado pelo covid-19 deverá concorrer à reeleição. Tem este ano e boa parte do próximo para crescer e se tornar um adversário duro de ser batido, pois não se tem problemas graves na administração, como a prática, muito comum, infelizmente, na administração pública, da corrupção.
O PSDB tem o maior número de nomes, todos com chances de sucesso, para a sucessão estadual. O ex-senador Expedito Júnior é um deles. Caso se candidate ao Senado será o adversário a ser batido pelos demais. Ao governo tem chances, mas não tantas como ao Senado.
O prefeito reeleito de Porto Velho, Hildon Chaves é outro tucano em condições de disputar com enormes possibilidades de sucesso o cargo de governador em 2022. Desde quando entrou na política, quando se elegeu prefeito em 2016, mesmo sendo um estreante, seu objetivo sempre foi o Congresso Nacional (Senado, Câmara), mas a sua vitória expressiva nos dois turnos, na reeleição a prefeito o credencia a aspirar o governo do Estado, tendo Júnior concorrendo ao Senado. Uma dupla com amplas chances de sucesso nas urnas.
E os tucanos, ainda, têm a deputada federal e presidente do diretório regional, Mariana Carvalho, em condições de concorrer a governadora.
O ex-governador Daniel Pereira (Solidariedade), que era vice de Confúcio Moura (MDB) e assumiu, após a renúncia do titular para concorrer ao Senado, em 2018, com sucesso, faz parte da lista de políticos em condições de concorrer ao governo do Estado com chances de conseguir o objetivo. Tem boa penetração na área sindical e deixou uma boa folha de serviços prestados nos poucos meses em que foi convocado para administrar o Estado.
Uma candidatura do senador Confúcio Moura para um novo mandato a governador não está descartada. Após Confúcio conseguir isolar o ex (senador, governador) Valdir Raupp do partido é ele o nome do MDB em melhores condições de concorrer em 2022. Comenta-se que Confúcio será um senador de 4 anos, por isso estaria disposto a enfrentar a sucessão estadual novamente. É que teria compromisso com a 1ª suplente Maria Eliza de Aguiar e Silva, para a segunda parte do mandato, por isso, a necessidade de concorrer ao governo em 2022.
O MDB também tem o presidente regional do partido, deputado federal Lúcio Mosquini. É um político com atuação crescente e que tem trabalhado bem na Câmara Federal. Mas dificilmente Confúcio deixará de ser a “bola da vez”.
Outra liderança em ascensão no Estado é o senador Marcos Rogério, que preside o DEM em Rondônia. Começou como vereador em Ji-Paraná, era suplente de deputado federal e assumiu com o afastamento do ex-deputado Lindomar Garçom (PRB). Se reelegeu federal e somou mais de 324 mil votos nas eleições ao Senado em 2018. Ajudou a eleger vários prefeitos e vereadores nas eleições de novembro último e também estaria comprometido com o 1º suplente (Samuel Araújo-PSDB) para um mandato de 4 anos. É nome a ser considerado em 2022 para o governo do Estado.
O Republicanos tem um nome em condições de aspirar a sucessão estadual. A escalada política do deputado estadual Alex Redano, de Ariquemes, que assumirá a presidência da Assembleia Legislativa (Ale) a partir do próximo dia 1º é vitoriosa. Passou pela vereança em seu município, presidiu o legislativo municipal, se elegeu deputado, ajudou a eleger a mulher, Carla Redano vereadora, à presidência da câmara e em novembro último a prefeita. Como é jovem, há quem aposte que não concorrerá ao governo em 2022, mas que é um nome a ser estudado, não há dúvida, que sim.
O PP, caso realmente Ivo Cassol consiga a elegibilidade até as eleições de 2022, é candidato de força eleitoral das mais significativas. Cassol já foi prefeito de Rolim de Moura, duas vezes governador do Estado e senador. É um político de enorme popularidade, porque fala a linguagem do povo e caso tenha condições de concorrer deverá estar entre os nomes em condições de disputar o segundo turno, pois dificilmente teremos governador-eleito no primeiro turno nas próximas eleições em Rondônia.
O PT que já foi forte no Estado inicia um novo ciclo da política estadual. Ramon Cujuí, que concorreu a prefeito em Porto Velho nas eleições de novembro obteve votação abaixo do esperado, (pouco mais de 7 mil votos e a 8ª colocação) pelas suas propostas viáveis e inovadoras, mas devido à pouca publicidade, carência de mais debates, acabou não conseguindo transmitir seu plano de governo à maioria do povo da capital. O PT não elegeu nenhum dos 21 vereadores em Porto Velho. Mas Cujuí é um nome em boas condições para as eleições de 2022.
As eleições gerais parecem distantes, mas as lideranças políticas do Estado já trabalham nomes em condições de disputar, no caso do Estado, os cargos de governador, vice, uma das três vagas ao Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa (Ale). Inclusive já temos vereadores, que assumiram no primeiro dia do ano e que já estão em plena campanha para ocupar uma das 24 vagas na Ale.