Por G1
Publicada em 25/01/2021 às 15h29
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (25) que a vacinação em massa é decisiva para a retomada do crescimento econômico.
“A volta segura ao trabalho é importante e a vacinação em massa é decisiva, é um fator crítico de sucesso para o bom desempenho da economia logo à frente”, disse Guedes durante entrevista em que comentou o resultado da arrecadação federal em 2020.
Guedes também rebateu as críticas de que o governo brasileiro não negociou com mais fabricantes de vacinas. O governo conseguiu até agora receber doses da vacina de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca, e da CoronaVac, mas esta resultado de um acordo entre a China e o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.
“O Brasil está realmente tentando comprar todas as vacinas. A crítica de que teríamos ficado com uma vacina só não cabe. Estamos tentando adquirir todas as vacinas. Eu sou testemunha do esforço de logística para isso”, afirmou.
Ao contrário do discurso adotado por parte do governo ao longo da pandemia, que defendeu a volta à “normalidade” e ao trabalho apesar do aumento no número de casos da doença e de mortes, Guedes pediu que as pessoas se cuidem.
“Espero que todos se cuidem, saúde e vacinação em massa são críticos, são fatores críticos de desempenho econômico também. Então, para que a economia possa voar novamente, nós precisamos acelerar essa vacinação em massa”, disse.
Congresso
O ministro afirmou que espera que o Congresso retome a pauta de reformas e vote as propostas que já estão em análise tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados. Guedes citou os projetos de privatizações e a reforma tributária.
“Vamos limpar a pauta. Está lá todo o destravamento da nossa retomada, o desafio de transformar essa recuperação cíclica baseada em consumo em uma retomada sustentável do crescimento, baseada em investimento”, disse.
O ministro tem reclamado da demora do Congresso em aprovar as propostas de privatizações. Entre os projetos que estão parados está o que permite a privatização da Eletrobras.
No domingo, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, comunicou que deixará a empresa por motivos pessoais. A avaliação de economistas é que a saída de Ferreira deve atrasar ainda mais a reformulação da estatal.