Por ASCOM
Publicada em 02/02/2021 às 15h46
A sociedade vem passando por adaptações, especialmente nas relações de trabalho. Uma pesquisa recente da plataforma Workana, que conecta trabalhadores freelancers a empresas que buscam profissionais, revelou que a pandemia provocou mudança cultural nas organizações, tornando o trabalho remoto cada vez mais presente. De acordo com a pesquisa, quase 20% dos líderes de grandes empresas assumem que, mesmo após a pandemia, pretendem manter o trabalho híbrido ou 100% remoto. E 90% dos profissionais CLT estão satisfeitos com o trabalho remoto e querem continuar, mesmo que parcialmente. “Além de qualidade de vida e mais tempo com a família para o profissional, isso significa que grandes escritórios corporativos tendem a reduzir suas estruturas físicas ou a desaparecerem”, afirma Daniel Schwebel, gerente nacional da Workana no Brasil, em entrevista ao programa “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”.
Segundo Schwebel, com isso perdem os donos desses grandes escritórios e áreas comerciais, mas, por outro lado, representa grande economia para as empresas, que deixam de custear uma estrutura física para atender seus funcionários. “O momento é propício também para empresas em processo de crescimento, especialmente micro e pequenas, que podem investir melhor no negócio principal e em profissionais mais qualificados”, frisa. Com as adaptações por conta da pandemia, surgem também os problemas. Como evitar processos judiciais no futuro em razão dos novos modelos de trabalho? De acordo com Schwebel, não há garantias neste momento, mas as empresas estão se adaptando e adotando protocolos junto aos funcionários para mitigar esse risco. Assista: https://youtu.be/l-XyPQeuPBQ
Empresários “em lockdown” vão a Bolsonaro por socorro
Na última semana, representantes do setor produtivo de Rondônia, do movimento “União pela economia”, se reuniram com autoridades políticas para rever o Decreto Estadual que proibia a abertura do comércio. A preocupação são dos empresários da indústria e do comercio que tem sua renda total em seus negócios.
Mesmo com a flexibilização, a preocupação continua, já que a volta na totalidade ainda é uma questão incerta, considerando o colapso da saúde no Estado de Rondônia. A empresária Sofia Andrade, relata a preocupação e também a mobilização feita para tentar reverter esse cenário. “A reunião foi pra pedir socorro ao Presidente Bolsonaro. Nós fizemos esse pedido, e a nossa pauta é a reabertura do comércio, e que nos expliquem quais embasamentos científicos usam para fechar o comércio. A gente consegue sim evitar a aglomeração nos estabelecimentos”, diz.
Na reunião com o Deputado Federal coronel Crisóstomo, foi falado das mazelas e ele se propôs a entregar a correspondência em mãos. “Nós representamos parte significativa o setor produtivo de Rondônia e suplicamos através de uma carta ao Presidente Jair Bolsonaro, para que ele olhe para esse setor e para que toda cadeia. O teor da carta pede uma intercessão do governo federal na saúde colapsada no estado e soluções para mudar esse cenário”, completa Sofia. A carta foi intitulada “Quebradeira das Empresas”. Veja a carta: http://www.simpi.net/ler-noticia/veja-a-carta
Crédito existe para que você não precise dele
Por que os bancos oferecem crédito quando você não precisa e quando você precisa eles não querem? Isso ocorre porque a forma de analisar a pequena empresa ainda é muito simplista, afirma Marcos Travassos, CEO da Money Money Invest. Segundo ele, são levados em consideração apenas a movimentação no extrato, o faturamento e débitos no sistema do Banco Central. “O segredo é manter uma boa gestão financeira e, assim, poder prever necessidade de capital de giro. Dessa forma, é possível pedir crédito antes que sua situação fique crítica, aumentando a possibilidade de barganhar condições e garantias”, aconselha.
As obrigações do Simples Nacional
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região indeferiu recentemente o pedido de reinclusão no Simples Nacional para uma empresa de pequeno porte que alegou dificuldades financeiras. O advogado Marcos Tavares Leite explica que, para permanecer no regime, a empresa deve manter a regularidade fiscal e tributária, independentemente de qualquer cenário. “O Simples é uma opção do contribuinte e o empresário deve se manter absolutamente regular com seus tributos e cumprir as obrigações acessórias para não ser excluído”, alerta.
Crescimento somente no segundo semestre
O ano de 2021 não começou com boas notícias, avalia o economista Alexandre Chaia. “A saída da Ford demonstra que o ano, além de não trazer investimento novo, pode ser de grandes perdas. Isso, associado à baixa expectativa do mercado consumidor, fará com que o primeiro semestre seja de dificuldade”, afirma. Para ele, o crescimento deve aparecer somente no segundo semestre.
Rodovias mal cuidadas são um sério problema econômico
Falar sobre os muitos problemas que as rodovias possuem, não é novidade para ninguém. E muitos empresários sofrem com isso, devido ao difícil acesso as suas propriedades e empresas. Com isso, os impactos econômicos são irreversíveis para o bolso desses empresários, ainda mais em tempos de pandemia. O empresário Paulo Santana vivenciou isso na pele e identificou os desafios dos micro e pequenos empresários. “Eu estive no interior e conversei com um dono de hotel fazenda e ele me disse que maior dificuldade que ele encontra, é o acesso. Falta de asfalto, até mesmo nas grandes linhas de grande produção, o escoamento afeta a produtividade do agronegócio”, diz. Isso impede o desenvolvimento, nesse sentido a gente precisa cobrar, já que o agronegócio é uma fonte de grandes negociações nos estados e o acesso a produção é um dos pilares da economia. Se quisermos ter bons negócios, é preciso ter acesso para que se concretize, completa o empresário. É preciso que poder público tenha o olhar mais apurado as populações mais isoladas da cidade, mas que possuem empreendimento importantes para o desenvolvimento do estado.