Por Rondoniadinamica
Publicada em 17/02/2021 às 10h44
Porto Velho, RO – Em diversas ocasiões desde que a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) aportou em Porto Velho, o Rondônia Dinâmica veiculou inúmeros editoriais falando sobre a responsabilidade das autoridades do Estado em relação às mortes causadas pela doença.
Ponto.
Entretanto, o texto desta quarta-feira (17), data em que Rondônia se aproxima dos 2,6 mil óbitos, será direcionado à fatia mais ignorante da população.
Esse eixo específico da sociedade tem desprezado rotineiramente os alertas advindos das hostes palacianas. Pior: faz questão de atropelar os decretos porque veem seus diretos individuais maiores do que qualquer consagração coletiva encartada à Constituição Federal.
Em suma, na visão mesquinha desse povo tolo e raso que vê no descumprimento das normas o império do seu próprio mundinho paralelo, a farra, o convívio das turbas insanas, a música, a beberrança, o consumo de drogas e as danças nas boates da city, enfim, não podem cessar nem por um segundo.
Para essa gente, o fato de o vírus ter mutado e haver detecções de outras cepas atuando, incluindo mais agressivas e contagiosas, não significa absolutamente nada, desde que suas vidinhas medíocres possam seguir naturalmente sem interferência de quem quer que seja.
A redação recebeu um vídeo, por exemplo, em que autoridades como bombeiros, policiais, fiscais da Prefeitura de Porto Velho e servidores do Programa de Orientação, Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-RO) deram uma “batida” surpresa numa boate da Capital, em construção, que sequer inaugurou.
CONFIRA
A festinha clandestina contava com a presença de vários médicos (sim, você não leu errado!), autoproclamados influenciadores digitais e tudo quanto é tipo de arquétipo da estupidez humana.
E são ratos, covardes. Lá pelas tantas, durante a exibição, os frequentadores do evento furtivo saem do “buraco” onde foram escondidos pelo proprietário ou coisa que o valha, correndo, um a um, como pragas urbanas, que é o que de fato são.
Apesar de alguns pontos de inanição do governador Coronel Marcos Rocha, sem partido, do secretário de Saúde (Sesau/RO) Fernando Máximo e do secretário-chefe da Casa Civil Júnior Gonçalves, o que o trio pode fazer quando a desobediência civil alcança o status de absurdo?
Repete-se a pergunta: até que a ponto a responsabilidade é da alta cúpula do Palácio Rio Madeira?
Máximo avisou: daqui a 15 ou 20 dias, muitos desses imbecis [adjetivo nosso] estarão sepultando seus parentes. Eles não se enxergam assim, claro, mas aqui no Brasil quem mata com consciência merece a chancela de assassino, ao menos na opinião deste jornal eletrônico
E se nesta altura do campeonato o (a) cidadão (ã) sai de casa sem máscara com a intenção exclusiva de aglomerar e se entreter compreendendo todos os riscos para si e outros tantos, oras, então assume a alta probabilidade de dizimar a própria existência, mas também a de colegas, amigos, familiares e daí por diante.
E quando isso ocorrer, e irá, não duvide, porque é a consequência natural da inconsequência, como alertou Máximo no vídeo em que gravou exausto reclamando da esbórnia incessante, bem, então tenham ao menos a decência de não chorar nem culpar exclusivamente a pandemia pelo calvário que vocês ajudaram a criar.
Quem se alia ao vírus mata junto com ele.