Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 19/02/2021 às 15h03
PSD – O partido presidido no Estado pelo deputado federal Expedito Netto perdeu o único representante na Assembleia Legislativa (Ale), o ex-deputado Adailton Fúria. É que ele se elegeu prefeito de Cacoal, nas eleições de novembro de 2020 e teve que renunciar. Mas ganhou mais um prefeito. Hoje o partido comandado por Netto no Estado conta com sete dos 52 prefeitos, que foram eleitos em 2020. O partido cresceu muito e só perde para o DEM, que tem o senador Marcos Rogério como presidente e o MDB, comandado pelo deputado federal Lúcio Mosquini, que elegeram oito prefeitos, cada um, nas eleições de novembro último.
PSD II – O pai de Netto, o ex-senador Expedito Júnior é um político atuante e, mesmo sem mandato há tempo não deixa de contatar direta e constantemente com as lideranças políticas da capital e do interior do Estado. Por isso Júnior é considerado um dos políticos mais carismáticos de Rondônia. Netto também é um “político-operário” e todas as semanas sua assessoria encaminha matérias de suas andanças pelo interior do Estado. É deputado federal, mas trabalha como se fosse estadual, pois não deixa de contatar diretamente com suas lideranças na área social, além de prefeitos e vereadores todas as semanas. É um político sempre presente e aberto à discussão com os líderes regionais, assim como o pai.
PSD III – Comenta-se nos bastidores da política, que Expedito Júnior deverá deixar os tucanos, se filiar ao partido de Expedito Netto, concorrer ao Senado em 2022 e apoiar o senador Marcos Rogério, que se prepara para disputar o governo do Estado, fechando uma parceria com o DEM. Caso isso ocorra será uma dupla, quase que imbatível nas eleições e Netto, teria mais uma reeleição sem muitas dificuldades. Nas eleições a prefeito de 2020, o DEM e o MDB elegeram oito prefeitos cada um e o PSD, considerado um partido nanico se comparado aos dois, elegeu sete prefeitos, inclusive Fúria, em Cacoal, um dos municípios mais importantes político-econômico e social do Estado. As eleições 2022 prometem...
MDB – Após receber um “Não” do prefeito-reeleito de Jaru, João Gonçalves Júnior (PSDB), para se filiar ao MDB e concorrer como candidato ao governo do Estado em 2022, o presidente do diretório regional do partido, deputado federal Lúcio Mosquini deverá tentar convencer o senador Confúcio Moura, hoje a maior liderança do partido, a disputar o cargo, que ele ocupou durante dois mandatos seguidos. O MDB não tem um nome em condições de concorrer ao governo do Estado em melhores condições que Confúcio, político astuto, experiente, de posições quase sempre indefinidas, mas não se pode negar, que é bom de voto.
PT – Buscando se recuperar na política nacional e regional, o PT deverá ter dificuldades para escolher um nome em condições, reais, de concorrer ao governo do Estado no próximo ano, que possa, ao menos, chegar entre os primeiros colocados. O ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, que vem sendo absolvido de a maioria das acusações, que o deixou inelegível, dificilmente terá fôlego para disputar o cargo de governador. Já Ramon Cujuí, que concorreu a prefeito de Porto Velho e deixou uma ótima impressão, talvez opte em garantir uma vaga a deputado (federal ou estadual) onde certamente teria sucesso. É um nome a ser considerado e com chances a se eleger deputado, já a governador, não.
Respigo
Impressionante o número de óbitos por coronavírus em Rondônia durante a semana. Somente de quarta-feira (17) para quinta-feira foram 46 mortes no Estado, número assustador, preocupante e que exige providências mais enérgicas das autoridades +++ Nos dias anteriores as mortes sempre foram acima de duas dúzias. E certamente teremos números de óbitos elevados nos próximos dias, após a “ressaca” do Carnaval +++ Sem as vacinas, que estão sendo distribuídas a conta-gotas e das entregas festivas e os abusos de boa parte da população a contaminação vai ganhando espaços e fazendo vítimas. Isolamento a quem está no grupo de risco, uso de álcool em gel, evitar aglomerações são fundamentais enquanto a vacina, que não é uma cura, mas um paliativo, não chega +++ Quem abusa antecipa o atestado de óbito e, infelizmente, não somente o dele, mas de outros, porque favorece a contaminação. Coerência, bom senso, responsabilidade são fundamentais neste momento difícil que o planeta enfrenta.