Por Rondoniadinamica
Publicada em 18/02/2021 às 11h40
Porto Velho, RO – O título deste editorial pode soar injusto a princípio porque, de fato, não retrata exatamente a realidade de maneira cem por cento democrática.
Na verdade, o crime organizado não colocou apenas o setor de Segurança Pública – e todas as forças sob sua incumbência –, de joelhos, mas sim o sistema legal regional, integralmente, incluindo aí o Ministério Público (MP/RO) e o Poder Judiciário.
A sociedade não fala de maneira contundente sobre isso porque o assunto, assim como qualquer outro fora das sequelas da pandemia, não está sequer perto da importância causada pelo desastre chamado Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2), onde, apenas em 2021, 769 óbitos entraram em sua fatídica fatura em Rondônia.
Uma média de quase 16 mortes a cada 24h nesses 49 dias.
A bandidagem tem lançado desafios rotineiros ao temido coronel José Hélio Cysneiros Pachá, escolhido a dedo por Marcos Rocha, sem partido, para operar o comando da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec/RO).
Porém, os facínoras peitam também autoridades como Aluildo de Oliveira Leite, procurador-geral do MP/RO, e o desembargador Paulo Kiyochi Mori, presidente do Tribunal de Justiça (TJ/RO).
Isto porque eles próprios instituíram seus métodos às avessas da lei, impondo, para tanto, a sensação de terror e aplicando a desafetos, alguns até ex-aliados de gatunice, penas marciais ao arrepio das normas vigentes.
No mundinho deles, dos biltres, um puxadinho ditatorial próprio dos tribunais de exceção, policiais, secretários, promotores, juízes e desembargadores, enfim, figuras criadas a partir da estruturação concebida pelo Estado Democrático de Direito, não detêm qualquer poder.
E, sim, está formado há muito tempo sem qualquer interferência institucional o Tribunal de Justiça Paralela de Rondônia (TJP/RO), entidade colateral, sanguinolenta, monstruosa, obtusa, absurda, inescrupulosa e inadmissível.
O maior exemplo é a situação vivenciada por moradores do Orgulho do Madeira e Morar Melhor, conjuntos habitacionais periféricos da Capital onde reside um híbrido de gente boa, aguerrida, trabalhadora, honesta, e a ala putrefata da sociedade, estes déspotas despidos de toga e sem malhete, que, diuturnamente, se sentem confortáveis para decretar execuções a esmo.
E não é falha de patrulhamento ou ausência de rondas ostensivas da Polícia Militar (MP/RO). Diligências são realizadas com frequência nesses locais, pessoas são presas, encaminhadas aos presídios, mas, como ervas daninhas, “nascem” de novo para destruir aquilo que presta.
Mesmo que sejam criminosos matando criminosos, qualquer tipo de tolerância em relação a isso pode desembocar no caos total e irreversível.
E ainda há tempo de reagir porque de joelhos é possível levantar; agora, quando as autoridades estiverem de quatro diante do tribunal do crime, levadas completamente à lona e com as mãos freadas pelo chão, aí acabou. Não tem mais volta.