Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 09/02/2021 às 14h55
Eleições – Há quem afirme que é muito cedo para se discutir e se preparar para as eleições gerais (presidente da República, governadores e vices; uma das três vagas ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas) de outubro do próximo ano. Ocorre, que estamos, ainda, passando por momento difícil com a pandemia e preocupando o planeta, mas temos que se conscientizar, que as eleições estão a pouco mais de 20 meses e, como envolverá praticamente todos os cargos nacionais e estaduais, menos os municipais (prefeito, vice e vereador) é necessária a montagem de a estrutura necessária para se disputar com possibilidades de êxito uma campanha política.
PSDB – O trabalho partidário visando a sucessão estadual é notório, pois nomes em condições de concorrer a cargos eletivos em 2022 já se mobilizam no contato com lideranças de todos os segmentos da sociedade, na capital e no interior. Na última semana, como já noticiamos em colunas anteriores, o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) reeleito em novembro último esteve no Cone Sul, região das mais importantes do Estado econômica, política e socialmente se reunindo com lideranças já tratando da organização do partido, logicamente visando uma candidatura a governador no próximo ano. Hildon é nome dos mais expressivos para concorrer à sucessão municipal e hoje, seguramente, o mais forte dos tucanos.
MDB – O partido já foi o maior e mais importante do país, mas hoje “esperneia” para se manter entre os de maior destaque. O MDB é presidido no Estado pelo deputado federal Lúcio Mosquini, um líder discreto, mas que vem realizando um bom trabalho na Câmara Federal e na reestruturação do seu partido, que ficou enfraquecido com a saída do ex-senador Valdir Raupp do seu comando. Raupp está confinado, politicamente, desde a derrota na tentativa de reeleição ao Senado em 2018. Apesar de publicamente sempre negar, o senador Confúcio Moura é o nome do MDB para concorrer ao governo do Estado em 2022. Já governou Rondônia durante dois mandatos seguidos e, apesar de Mosquini sonhar com uma candidatura ao governo, o nome de Confúcio é quase unanimidade no partido.
Reeleição – O coronel Marcos Rocha (Sem Partido), eleito governador em 2018 pelo PSL, na época bem alicerçado pelo efeito Bolsonaro, quando perguntado, não confirma, mas é candidato à reeleição e só não definiu, ainda, por qual partido. Realiza uma administração “arroz com feijão”. Na verdade arroz empapado e feijão ralo, mas vem dando conta do recado. Hoje não estaria entre os favoritos e certamente teria uma reeleição difícil e muito dependente do governo federal, no caso de o presidente Jair Bolsonaro, que deverá concorrer à reeleição, apesar das enormes dificuldades devido a pandemia, que atrapalha bastante. Esperava-se muito mais do governador Marcos Rocha e da sua equipe. Como temos vinte meses para as eleições, talvez consiga se destacar e estar na linha de frente nas eleições de 2022.
Oposição – Como o ex-governador e presidente do Solidariedade em Rondônia, hoje superintendente do Sebrae-RO, Daniel Pereira, provavelmente irá fechar questão política com o prefeito Hildon Chaves, e não deverá concorrer ao governo, o PT, que hiberna, após a cassação da ex-presidente Dilma Rousseff, deverá marcar presença com o professor universitário Ramon Cujuí, que foi candidato a prefeito de Porto Velho em novembro último. Apesar das boas propostas e um projeto de governo viável, a campanha ficou prejudicada pelo covid-19, praticamente sem debates na TV. Cujuí foi o mais prejudicado e ficou dependente, apenas de o Horário Eleitoral Gratuito, insuficiente para poder apresentar e sensibilizar o eleitor para seu Plano de Governo. Além de o PT estar e momento delicado e em fase de recuperação de credibilidade e seguidores. Mas é um bom nome para disputar a sucessão estadual no próximo ano.
Respigo
Os vereadores de Cujubim, interior de Rondônia retornarão aos trabalhos (?) somente no dia 28 de fevereiro próximo. O recesso dos “nobres pares” do município é diferente dos demais +++ Os trabalhos legislativos não iniciam sempre na primeira semana de fevereiro? Isso pode Arnaldo? +++ Na coluna de ontem (8) publicamos que o deputado estadual Alan Queiroz (PSDB) era deputado federal. Pode até ser, que nas eleições do próximo ano concorra ao cargo federal, mas por enquanto é o mais novo deputado estadual, porque era suplente e assumiu na vaga de Adailton Fúria (PSD), que se elegeu prefeito de Cacoal +++ Quem depender de atendimento do Banco do Brasil na quarta-feira (10) deve se precaver. É que está marcada greve geral para o dia em protesto contra a reformulação prevista pelo governo federal para o banco +++ Os buracos estão aumentando na BR 364, a mais importante rodovia federal, que corta Rondônia e provocando acidentes. A colheita da safra de soja e o transporte para o Porto Graneleiro de Porto Velho, no rio Madeira contribuem para o aumento dos buracos na pista da rodovia construída na década de 80 +++ Entra ano, sai ano e a nossa Bancada Federal não consegue meios e formas para que a 364 seja restaurada e não, apenas realizar os tapa-buracos. A BR precisa de restauração total no trecho Porto Velho a Vilhena, com cerca de 700km e no futuro a duplicação.