Por Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 27/02/2021 às 10h04
"Esta iniciativa é um exemplo do muito que podemos fazer de mãos dadas com a República da Guiné-Bissau se todos estivermos concertados e formos fiéis aos valores essenciais da cooperação entre os povos", disse a embaixadora da União Europeia em Bissau, Sónia Neto.
A embaixadora falava na cerimónia de entrega das ambulâncias, que decorreu na sede do Alto Comissariado para a Covid-19, em Bissau, e que contou com a presença do Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que completa hoje o seu primeiro ano de mandato.
"Queremos reforçar o nosso papel enquanto parceiros da República da Guiné-Bissau naquilo que consideramos ser áreas cruciais para o desenvolvimento sustentável, nas quais está incluída a saúde", afirmou a diplomata da UE, de nacionalidade portuguesa.
Segundo Sónia Neto, os desafios da covid-19 são "complexos e transfronteiriços" e "requerem abordagens integradas e inclusivas".
A embaixadora da UE salientou que a iniciativa Covax, de acesso a vacinas e da qual a Guiné-Bissau é beneficiária, "mostra como a cooperação multilateral" pode ajudar a combater a pandemia provocada pelo novo coronavírus.
O representante do Banco Mundial, Amadou Ba, pediu às autoridades guineenses para estabelecerem um "sistema de gestão profissional, transparente e eficaz das ambulâncias".
Umaro Sissoco Embaló afirmou, no final da cerimónia, que os parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau têm vindo a "cooperar consideravelmente" na luta contra o flagelo da pandemia no país.
"Por isso, esta aquisição de ambulâncias financiadas pelo Banco Mundial e a União Europeia representa uma valiosa contribuição aos esforços do Governo da Guiné-Bissau na luta contra a pandemia de covid-19", acrescentou o Presidente da República guineense.
Desde que foram detetados os primeiros casos de covid-19 no país, em março de 2020, a Guiné-Bissau já registou 48 vítimas mortais e tem um total acumulado de 3.241 casos de infeção.
No âmbito do combate à pandemia, o Presidente da República guineense decretou, na quarta-feira, o prolongamento do estado de calamidade até 25 de março, incluindo o encerramento de locais de culto, nomeadamente igrejas e mesquitas.