O proprietário de uma funerária em Vilhena observou que o número de vítimas da Covid-19 com idade inferior a 60 anos teve um aumento nos últimos meses. Nino Gouvêa, cuja empresa é responsável pelo translado dos corpos das vítimas rondonienses que foram transferidas para outros Estados e que não resistiram a doença, revelou que dos 13 pacientes que faleceram em hospitais de Vitória-ES, Rio de Janeiro-RJ e Manaus-AM, 9 ainda não haviam chegado aos 60 anos.
Com base na observação do empresário, o FOLHA DO SUL ONLINE fez uma análise dos registros de óbitos por Covid-19 em Vilhena, tendo como fonte os números divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde e como base os três primeiros meses de 2021.
Em janeiro, o pior mês da pandemia para Vilhena, com o registro de 47 mortes e mais de 2 mil casos confirmados da doença, o total de vítimas com menos de 60 anos foi de 13, o que representa uma taxa de 27,66% das mortes naquele mês.
Em fevereiro foram contabilizados 34 óbitos. Dez dos pacientes que perderam a batalha para a Covid-19 tinham menos de 60 anos. Embora menor em números absolutos, proporcionalmente ao total de óbitos registrados no mês, fevereiro registrou um leve aumento em relação a janeiro, ficando em 29,41% das vítimas abaixo de 60 anos.
Ainda em aberto, o mês de março já registra os maiores índices de mortes de pacientes com idade inferior a 60 anos. Tanto em números absolutos, com 16 óbitos nesta faixa etária; quanto em relação a proporção registrada no mês. Dos 39 óbitos anotados em março, 16 das vítimas tinham menos de 60 anos; o que representa uma taxa de 41,03%.
Os números também se refletem nos casos mais graves e cujospacientes precisaram ser internados. De acordo com os dados divulgados ontem, terça-feira 23, Vilhena tem 31 pacientes internados; 23 deles têm menos de 60 anos. Dos 18 pacientes que estão na UTI, 13 ainda não são sexagenários. E, desse grupo de 13 pacientes menores de 60 anos, 11 deles estão intubados. O mais novo deles é uma jovem de 19 anos.
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