Por Rondoniadinamica
Publicada em 20/03/2021 às 09h30
Porto Velho, RO – No decorrer desta semana o atual governador Coronel Marcos Rocha, sem partido, e o deputado federal Léo Moraes, do Podemos, presentearam a população com um espetáculo bizarro de infantilidade travando rusguinha ridícula na Internet.
Isto, claro, enquanto o Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) continua matando em profusão, já chegando ao auge de óbitos desde o seu início em 2020.
Em Rondônia, já são 3.589 vidas perdidas; 1.772 somente nesses menos de quatro meses de 2021.
O pano de fundo da discórdia, obviamente, é 2022: as eleições de logo ali.
Em vez de agir como membro legítimo da bancada federal ao menos tentando intermediar soluções de ordem sanitária, inclusive com os representantes do Palácio Rio Madeira – e quem sabe até trazer mais vacinas –, Moraes resolveu, de repente, deflagrar uma discussão impúbere.
A rinha na creche pega fogo enquanto 3.589 cidadãos e cidadãs de Rondônia perderam a vida / Reprodução
O imbróglio na Creche da Imaturidade diz respeito aos valores praticados sobre o combustível e a suposta responsabilidade do chefe do Executivo estadual.
Rocha, “pegador de pilha”, por sua vez, caiu como um pato e escalou o titular da Secretaria de Finanças (Sefin/RO) Luis Fernando Pereira da Silva para rebater o congressista no Facebook, insinuando, ao maior estilo 5ª Série do Fundamental, que o coleguinha de política seria um proliferador de notícias falsas. E sendo assim a gestão estaria perdendo tempo com isso em vez de fazer coisas mais importantes.
Aham...
A tréplica veio através da coluna do jornalista Robson Oliveira com palavras que certamente representam a envergadura institucional do parlamentar.
LEIA A ÍNTEGRA EM
"É um governador incompetente"
É como diz o ditado: a gente só pode dar o que tem.
Ou, recorrendo à fé tão entoada pelas autoridades o tempo todo, especialmente quando querem esconder a letargia, diga-se de passagem, é preciso recordar o trecho de Mateus 12:34:
“[...] A boca a fala do que está cheio o coração”.
Continuando...
Oliveira, em sua respeitadíssima Resenha Política, relembra o fato que eviscera ainda mais as intenções por detrás da cizânia.
“Nos últimos dois anos o deputado federal Léo Moraes não deu nenhuma declaração com crítica contundente contra o governo do coronel Marcos Rocha, ao contrário, optou em manter relações amistosas inclusive quando a pandemia se expandia em todo o estado e o índice de óbitos subia na mesma medida”, preludia o articulista antes de estender o tapete ao show de palavreado chulo no vocabulário paralelo de Moraes.
O prefácio, de um colaborador do jornalismo independente, ilustra bem o cenário do entrevero. Dois anos dormindo como preguiça em berço esplêndido para acordar no ano pré-eleição como leão.
Até rimou, como a pré-escola gosta...
Aí não tem jeito, tem que chamar a tia do maternal pra separar porque a briga é mais ou menos isso:
- Você é mentiroso!
- É? E você que é feio?
Agora, quando o militar envereda esforços para tirar o secretário de Finanças de suas funções exclusivamente para levá-lo a um posto de gasolina só para retrucar a provocação, olha, no fundo soa como o fim da linha.
É como se não existisse nada mais importante para resolver no momento.
É vergonhoso quando adultos se postam assim; quando são detentores de cargos eletivos, pior ainda. Porque pressupõe-se, na mais delirante das teorias, que a nata social está na incumbência de representar o povo nos escalões de Poder.
São nesses exemplos que a ficha cai.
E no final de tudo são meros mortais com grandessíssimos problemas de autoestima, com ego frágil e temperamento volátil.
Resta o choro...
...e a vela.