Por ASCOM
Publicada em 26/03/2021 às 11h01
O senador Confúcio Moura (MDB-RO) afirmou que a audiência pública da Comissão Temporária da Covid-19, desta quinta-feira (25), com o ministro da Economia, Paulo Guedes, destinada a debater o Plano Nacional de Imunização e a situação fiscal e financeira das medidas relacionadas à pandemia, foi importante dentro do aspecto primordial que é a vacinação em massa como fator indispensável para o crescimento econômico.
O senador, que é presidente do colegiado que substituiu a comissão mista do Congresso Nacional finalizada em 31 de dezembro de 2020, disse que a audiência pública era esperada, e, ao enfatizar que o Ministério da Economia é a base do Governo, afirmou que a economia é o que move os demais ministérios, estados e municípios brasileiros.
Durante o debate, que durou aproximadamente duas horas, Confúcio Moura fez perguntas sobre os recursos públicos para a aquisição de mais vacinas, e ainda fez questionamentos a respeito da educação. O parlamentar enfatizou que se preocupa muito com o aluno, com as escolas e com a educação básica, e lamentou que em 2020 o país ficou sem aulas presenciais, e que este ano está indo no mesmo caminho.
De acordo com o parlamentar, o que se fala hoje é do ensino híbrido, mas no Brasil há uma parcela de 20 a 25% de alunos que não têm equipamento nenhum e nem mesmo internet. “Essa massa de jovens estudantes do ensino médio e até do ensino básico, sem meios de assistir aulas, vão caminhar para um abandono, consequentemente um aumento da desigualdade, pobreza e um dano geracional imprevisível para o futuro”, lamentou.
Confúcio Moura disse acreditar que o ministro deverá estender a sua preocupação para o presidente da República, para que ele possa deflagrar uma atenção especial para a área tecnológica e atender professores e alunos pobres que não possuem meios para acompanhar as aulas remotas. “Há um prejuízo geracional. O prejuízo para o futuro é incalculável. Não há nenhum economista do mundo que possa calcular qual é o prejuízo que o Brasil e os outros países possam ter sem os alunos efetivamente estudando”, asseverou.
Paulo Guedes discorreu sobre o projeto de educação tecnológica mencionado pelo senador, e enfatizou que os jovens estão hoje em casa perdendo o ano escolar porque não conseguem ter a aula a distância. “O ideal seria justamente vacinar professores. As crianças são mais resistentes, elas são mais imunes, elas poderiam estar voltando mais rapidamente para as aulas. Nós não podemos perder essa geração de crianças com um, dois, três anos sem aula. Uma solução tem que ser feita, com o Ministério da Educação, de Ciência e Tecnologia, a turma toda aí”, disse o ministro.
Aquisição de vacina
O senador pediu apoio ao ministro da Economia e disse que o Brasil precisa de 100 milhões de doses de vacinas para o mês de abril, e que a entrada de novas doses no Brasil só será possível por meio de um acordo diplomático entre os países que tenham excedentes de vacinas, como os Estados Unidos, Inglaterra, Índia e China, que poderiam emprestar ou vender. “O Brasil hoje com as suas variantes é uma ameaça internacional, e exportar esse vírus modificado pode atrapalhar a vida de outros países do mundo”, lembrou.
O Ministro da Economia falou que juntamente com o setor privado irá tentar comprar sobras que existirem lá fora. "Vamos permitir que o setor privado vá lá e tente comprar. Vamos também via Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Economia. Vamos todo mundo. Vamos todo mundo lá para fora comprar vacina. Nós temos que trazer essas vacinas”, pontuou.