Por Assessoria/Prefeitura
Publicada em 25/03/2021 às 10h51
Semob emprega 24 reeducandos em suas frentes de trabalhoEverson não exercia uma atividade remunerativa há seis meses. Desempregado e em meio à pandemia, ele precisa superar mais um obstáculo na busca por um emprego formal. Everson é reeducando e faz uso de tornozeleira eletrônica. “Estou há seis meses parado e sem serviços, encontrando dificuldades para encontrar um emprego e uma renda para manter minha família”, explica.
A história do Everson é o retrato de homens e mulheres que buscam recomeçar a vida e traçar um outro caminho após uma condenação judicial. Ciente desse fenômeno, a Prefeitura de Porto Velho firmou um convênio junto à Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) para garantir a essas pessoas uma nova chance.
Hoje, a Secretaria Municipal de Obras (Semob), por exemplo, emprega 24 reeducandos em suas frentes de trabalho. São homens que, na prática, possuem alguma experiência com o serviço de infraestrutura, conforme explica Kerly Gomes, diretor de obras da Semob.Everson atua em várias frentes de trabalho dentro da própria Semob
“Os trabalhos que eles realizam aqui são de obras em si, como meio-fio, drenagem, colocação de tampas de bueiros e pavimentação. Quando fazemos a solicitação, via ofício, pedimos que seja feita uma triagem para que venham reeducandos com alguma afinidade com as obras que executamos”, descreve Kerly.
Em respeito às diretrizes da Justiça, a Prefeitura realiza o acompanhamento dos cadastrados desde a saída do lar até a sede da Semob e, posteriormente, às frentes de trabalho que hoje ocorrem em vários pontos da cidade.
A contrapartida oferecida a esses homens contempla a remissão da pena e uma ajuda de custo. Para isso, a Prefeitura realiza o acompanhamento e o registro de frequência de cada cadastrado. Ao fim do mês, a Semob repassa as folhas de ponto e os valores à Sejus que, por sua vez, realiza o pagamento dos salários e os cálculos para a redução das penas.
Kerly destaca a importância do trabalho para os reeducandos e sociedade“A Prefeitura ganha um reforço na mão de obra nas frentes de trabalho e eles ganham na ressocialização, com o convívio diário junto à sociedade e servidores, ganhando novas experiências”, acredita Kerly.
No caso do Everson, ele atua em várias frentes de trabalho dentro da própria Semob: limpeza das máquinas, suporte na área mecânica e transporte de manilhas. A experiência e as recompensas do trabalho já fazem ele planejar um novo recomeço.
“Quero sair daqui sem a pulseira. Voltar a estudar, fazer um curso e arrumar um novo trabalho. Mostrar para a sociedade que ainda temos esperança”, finaliza Everson.