Por G1
Publicada em 27/03/2021 às 09h12
A Coreia do Norte respondeu nesta sexta-feira (26) às declarações do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre "dar uma resposta" ao regime de Kim Jong-un caso a tensão entre os dois países se escale. O americano também disse que o país asiático violou resoluções da ONU ao fazer novos testes com mísseis.
Em nota divulgada pela agência estatal KCNA, a Coreia do Norte acusa os EUA de "ingerência" e "provocação" e disse que o presidente americano demonstrou "hostilidade profunda".
O comunicado foi assinado pelo alto-funcionário Ri Pyong-chol, que supervisionou o teste com mísseis desta semana — o primeiro lançamento do tipo com Biden na Casa Branca.
"Acho que o novo governo dos EUA obviamente deu um primeiro passo em falso", criticou Ri no comunicado.
"Se os Estados Unidos continuarem com essas declarações imprudentes sem pensar nas consequências, talvez tenham que lidar com algo que não será bom", alertou, acrescentando que a Coreia do Norte está preparada para "continuar a aumentar nossas forças armadas mais avassaladoras e capacidades militares".
Teste com mísseis
A Coreia do Norte informou que o lançamento de quinta-feira, o primeiro desde que Joe Biden chegou à Casa Branca, foi um teste de um novo "projétil tático guiado" equipado com um motor de combustível sólido.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, afirmou que esses dois dispositivos eram mísseis balísticos, um tipo de arma que a Coreia do Norte está proibida de desenvolver de acordo com várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
No passado, Pyongyang recorreu a testes de armas várias vezes para alimentar as tensões, na tentativa de atingir seus objetivos de longo prazo.