Por Jackson Vicente
Publicada em 11/03/2021 às 14h28
O Governo de Rondônia, por meio do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), notou a redução do nível do rio Madeira em 15, 39 metros, na manhã desta quinta-feira (11). A última marca registrada no dia 4 de fevereiro, foi de 16 metros. De acordo com o CBM, essa queda ocorre desde a semana passada e vem sendo acompanhada pelo sistema de monitoramento da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) do Governo Federal, adotado pelo departamento público.
Segundo o comandante do CBM, coronel Gilvander Gregório de Lima, essa indicação se resulta por causa da mudança do volume de água no rio Madeira, ocorrido em outras regiões onde ele atravessa. “Este registro está na chamada ‘conta de alerta’, a qual é determinada pelo plano de contingência preventivo, elaborado junto com os municípios Porto Velho, Nova Mamoré e Guajará-Mirim”, complementa.
O comandante do Corpo de Bombeiros mostrou como é utilizado o sistema de monitoramento.
O comandante destaca também, que todo trabalho técnico-científico desenvolvido pelo departamento público é realizado diariamente por uma equipe responsável pela fiscalização. A medição do rio começou ainda no mês de fevereiro, quando os órgãos de defesa perceberam um aumento próximo à marca de alerta, que é a partir de 15 metros.
Para fazer o monitoramento, são utilizados equipamentos técnicos, como a chamada “régua”, que tem por objetivo medir a profundidade do rio. Alem disso, o órgão possui um aplicativo da ANA e ainda conta com um programa de análise do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), apontando em tempo real a situação. “Programamos para as próximas ações sobrevoos aéreos, a fim de fazer uma análise ampla e mais visual da região”, comenta coronel Gilvander.
FAMÍLIAS AFETADAS PELO CHEIA
Atualmente, o Poder Executivo tem realizado reuniões permanentes com os municípios que geralmente são atingidos pela enchente do rio, buscando consolidar as estratégias dos planos de contingência de cada região, como o apoio à famílias desabrigadas e desalojadas, em decorrência da cheia.
De acordo com o coronel Gilvander de Lima, no momento, a responsabilidade dessa prática é da gestão de cada município. Somente quando o rio atinge a marca de 17 metros, o Executivo Estadual passa a ter a função de agente fiscal para atender os atingidos , além de apoiar ações da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social (Seas), no sentido de atender socialmente às famílias, oferecendo alguns benefícios.
Fotos: Edcarlos Carvalho