"Os Estados Unidos da América estão profundamente preocupados com o impasse eleitoral na Somália, que está a criar incerteza política que ameaça a segurança, a estabilidade e o desenvolvimento do país. Pedimos aos líderes federais e estaduais para colocarem de lado os objetivos políticos, cumprirem as suas responsabilidades para com o povo da Somália e concordarem com a realização imediata de eleições transparentes e inclusivas", referiu um comunicado publicado no portal do Departamento de Estado norte-americano.
Blinken assinalou que "o atual impasse mina o progresso feito até agora" e é responsável por "atrasar as reformas urgentes" para a Somália continuar o seu trabalho perante a dívida externa e a luta contra o terrorismo.
"Os Estados Unidos da América apoiam o direito de os cidadãos somali protestarem pacificamente e opõem-se ao uso de violência por qualquer parte", sublinhou a nota.
O secretário de Estado norte-americano concluiu com um apelo "aos líderes da Somália para salvaguardarem o futuro do país e encontrarem um acordo para realizarem imediatamente as eleições legislativas e presidenciais".
As negociações entre o Governo central e os estados da Somália colapsaram em 07 de fevereiro sem que tenha sido atingido um acordo sobre o processo eleitoral, horas depois de o mandato do Presidente, Mohamed Abdullahi, conhecido como "Farmajo", ter terminado à meia-noite desse dia.
Desde 1991 que a Somália vive num estado de guerra e caos, depois do autocrata Mohamed Siad Barre ter sido deposto, deixando o país sem governo e nas mãos de milícias islâmicas e de senhores da guerra.
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