Por Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 13/03/2021 às 10h33
A preocupação do planeta, hoje, é e certamente permanecerá por mais um bom tempo como sendo prioridade é a luta contra o coronavírus, pandemia que assusta o mundo e somente agora, com a chegada da vacina se espera um controle sobre o vírus. Diariamente milhares de pessoas perdem a vida e a imunização continua sendo a esperança de vida.
Apesar de a luta contra o covid-19 ser prioridade máxima, nada ocorre sem a participação política, pois é através da sua prática, correta e necessária se consegue resolver problemas da população não importando a nacionalidade. Nada ocorre sem que haja ação política, seja econômica, financeira, social. É o processo político quem norteia tudo no mundo, mas nem sempre ele é exercido com a dignidade necessária para que os objetivos sejam atingidos.
No Brasil estamos a 19 meses das eleições gerais, quando os eleitores irão às urnas votar a presidente da República, governadores e seus vices; uma das três vagas ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas. Toda eleição oferece a oportunidade de o eleitor optar pela reeleição dos que foram eleitos em eleições anteriores ou optar por um novo administrador ou legislador público. E somente, através do voto direto e livre é possível escolher os governantes.
Em Rondônia o processo político para as eleições do 2022 já está em andamento. E duas importantes lideranças do Estado já “mostraram as garras”, como diz o amigo jornalista Carlos Sperança, que assina coluna no “Diário da Amazônia” e em diversos sites do Estado e um dos responsáveis pela nossa vinda à querida Rondônia no início de 1993. Uma delas o ex-governador Ivo Cassol, do PP, hoje elegível e o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, do PSDB, sem dúvida uma ótima liderança da nossa “safra” de políticos do Estado.
Cassol, após passar pelo governo do Estado em dois mandatos seguidos, se elegeu senador. Apesar de senador, Cassol é um político de ações diretas, por isso, mais identificado com o Poder Executivo, por isso sonha em voltar a governar Rondônia. Ultimamente está muito presente no interior, seu reduto e, caso entre na disputa da sucessão estadual é um nome de enorme força eleitoral. Cassol tem dificuldades para somar votos na capital e, o seu partido perdeu a ex-vereadora de Porto Velho, Cristiane Lopes, que concorreu a prefeita em 2020, passou para o segundo turno, mas acabou sendo derrotada por Hildon Chaves, que foi reeleito.
Para poder fortalecer sua pretensão de disputar o governo do Estado, Cassol precisa de um nome expressivo em Porto Velho, para equilibrar a votação capital-interior. Cristiane seria o nome ideal, mas ela deixou o partido para se filiar ao Podemos, que já tem o deputado federal e presidente do partido, Léo Moraes, presidente do Podemos para concorrer a governador no próximo ano.
O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, que foi reeleito em 2020 está entre os nomes com maiores condições de sucesso na disputa pelo governo do Estado.
Já com Hildon Chaves ocorre ao contrário. Ele é uma liderança consolidada em Porto Velho e com pouco destaque no interior. O ideal, para disputar o governo do Estado, seria encontrar um nome de popularidade e credibilidade do interior, seja masculino ou feminino, para poder ampliar seu potencial de voto.
Rondônia, desde o mandato de Oswaldo Piana, que terminou em 1994, elegeu governadores do interior. Depois de Piana vieram Valdir Raupp (MDB), José Bianco (PFL), Ivo Cassol (PSDB) dois mandatos seguidos e Confúcio Moura (MDB), dois mandatos consecutivos. Quem quebrou o ciclo “governo do interior” foi Marcos Rocha, em 2018, está sem partido, se elegeu pelo PSL, que é eleitor da capital.
A missão de Hildon é de manter o comando do governo do Estado na capital e sabe, que terá que dividir os mais de 340 eleitores com Rocha, que realiza um governo “arroz (papa) com feijão (duro e de caldo fino)”. Rocha não diz, mas sua cúpula garante que ele concorrerá à reeleição.
Apesar das dificuldades de todo administrador público, seja federal, estadual, municipal, devido a pandemia, Hildon já tem percorrido alguns municípios do interior em companhia de lideranças tucanas com a finalidade de “organizar o partido”. Na verdade, uma maneira legal e hábil de fazer política em tempos difíceis em razão do coronavírus.
Durante a semana Hildon deu importante passo rumo à sua consolidação como político prático e eficiente, como demonstrou no seu primeiro mandato e garantiu sua reeleição em 2020. Com o caixa equilibrado, forte, pagamentos de servidores e fornecedores sempre em dia, um bom trabalho de saneamento básico com pavimentação nova e recapeamento, Hildon anunciou, que comprou um lote de 400 mil vacinas contra o coronavírus. A previsão de chegada a Porto Velho é para o próximo mês de abril e, segundo o prefeito, terá aplicação imediata.
Hoje o maior desafio do administrador público é demonstrar competência para combater o mal do planeta, que é a contaminação pelo covid-19, que em grande parte dos casos leva a óbito. A vacina é o caminho seguro para combate e controle da pandemia.
Caso o anúncio de Hildon da chegada da vacina em abril e o trabalho de aplicação seja imediato, somará pontos importantes na sua caminhada rumo ao governo do Estado.
Que não seja um tiro no pé.