Por Rondoniadinamica
Publicada em 12/03/2021 às 10h47
Porto Velho, RO – O anúncio feito pelo prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, do PSDB, na manhã desta sexta-feira (12) via coletiva de imprensa sobre a aquisição de 400 mil doses da vacina AstraZeneca/Oxford contra o Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) é um verdadeiro tapa de luva de pelica na gestão letárgica de Coronel Marcos Rocha, sem partido.
A AstraZeneca/Oxford, aliás, recebeu o aval definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também hoje. O lote deve chegar em 30 dias, e, depois disso, a pretensão da Administração Pública municipal é imunizar ao menos 200 mil pessoas em até dez dias.
A novidade é que pessoas a partir de 30 anos estão incluídas no grupo a ser vacinado na leva propagandeada pela gestão tucana.
Infelizmente Rocha, chefe do alto escalão do Palácio Rio Madeira, até agora não tomou as rédeas da situação a fim de corroborar com os cronogramas arrastados do Ministério da Saúde, administrado pelo militar Eduardo Pazuello com as bençãos do presidente da República Jair Bolsonaro.
Essa lealdade desmedida e de mão única, ao menos aparentemente, colocou em risco boa parte da população rondoniense, que, até a última veiculação oficial com dados saídos diretamente da Secretaria de Saúde (Sesau/RO), já havia perdido 3.278 componentes exclusivamente em decorrência de sequelas perpetradas pela doença.
O governador do Estado não se mobilizou uma única vez no intuito de pelo menos tentar fazer compras diretas; o mote do discurso sempre foi o de aguarda os posicionamentos de Brasília, e isto, lamentavelmente, distanciou-se – e muito –, de qualquer postura estadista vista no mundo.
Chaves, lado outro, aparentemente cansou de esperar.
“A melhor vacina que existe é a primeira que você conseguir comprar”, declarou a respeito da obtenção.
É a luz no fim do túnel. Se o calendário apresentado ainda informalmente for cumprido à risca, logo será possível conceber o começo do fim de toda essa desgraça causada na Humanidade pela pandemia.
Se houvesse um esforço conjunto, e maior adesão por parte de outros prefeitos, e especialmente de Rocha, na condição de mandatário-mor do Executivo estadual, ao menos em Rondônia a doença poderia estar prestes a ser dizimada com o óbvio: a imunização em massa.
Mas quem dá as cartas são os jogos políticos, logo, por enquanto, enquanto interesses obtusos nortearem algumas autoridades, o placar dos óbitos continuará virando.
Hoje Hildon foi o estadista; a sociedade espera que Marcos Rocha amanhã também o seja.