Por Globoesporte.com
Publicada em 27/03/2021 às 09h36
Depois de um grupo de 17 ex-atletas entrarem com ação coletiva contra a British Gymnastics (Federação britânica de Ginástica) em fevereiro, outras 20 ginastas se juntaram contra a entidade alegando uma série de comportamentos abusivos, informou o tablóide inglês The Telegraph nesta sexta-feira.
O grupo cumpriu uma "Carta de Reivindicação" no órgão regulador nacional, alegando abusos físico e psicológico de treinadores. As acusações no processo incluem "uso indevido de força física por treinadores contra ginastas, constituindo agressão física".
O escândalo estourou em jullho de 2020 com a denúncia de várias ginastas, entre elas a medalhista de bronze na Rio 2016 Amy Tinkler, que afirmou ter se retirado do esporte após uma queixa formal de abuso ser ignorada.
A Federação Britânica de Ginástica pediu uma prorrogação até 19 de dezembro para responder às alegações da carta, depois de não ter respondido até 25 de março. O relatório acrescentou, no entanto, uma prorrogação estipulada pelo escritório que representa as ex-ginastas até 19 de junho.
- Estamos desapontados, mas não surpresos que a Federação não cumpriu o prazo razoável que estabelecemos. A cada dia que atrasam, as ex-ginastas não recebem a justiça que tanto merecem e as atuais correm o risco de sofrer danos sérios semelhantes - disse ao Telegraph Claire Heafford, uma das requerentes que no ano passado ajudou a criar o grupo de campanha Mudança na Ginástica (Gymnasts for Change).
Diretora executiva da Federação Britânica de Ginástica, Jane Allen Depois é dispensada após acusações de abuso — Foto: Ian MacNicol/Getty Images
Em agosto do ano passado, A UK Sport, agência governamental responsável pelo investimento no esporte olímpico e paralímpico do Reino Unido, iniciou uma investigação independente. Depois que as alegações tornaram-se públicas no ano passado, a diretora executiva da Federação Britânica, Jane Allen, aposentou -se de seu cargo.
A British Gymnastics disse depois de receber a carta de reclamação que "não seria apropriado ou justo para todas as partes" fazer qualquer comentário até que todos tivessem a oportunidade de serem totalmente considerados.