Por Rondoniadinamica
Publicada em 06/03/2021 às 10h05
Foto: Edison Falcão/RedeTV!RO
Porto Velho, RO – Não importam as novas cepas do Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) nem o fato de que estas sejam muito mais mortais do que a de 2020.
Também tanto faz se Rondônia já ultrapassou a marca dos 3 mil mortos, e que só ontem, dia 05, uma sexta-feira, 49 pessoas perderam a vida, provavelmente atingindo o recorde regional deflagrado especificamente em decorrência da pandemia.
São 1.223 falecimentos em pouco mais de dois meses.
RELEMBRE
Coronavírus – O reinado da morte em Rondônia
Para o governador Coronel Marcos Rocha, sem partido, faz mais sentido manter-se nesse jogo de vai-e-vem-volta-retorna-avança-desiste a fim de equilibrar-se na preferência do eleitorado, que, por sua vez, irá às urnas em 2022.
Aliás, é forte mencionar isso, mas, frise-se, só os sobreviventes poderão fazê-lo, diga-se de passagem, e estamos falando de um grupo que está se restringindo a cada 24 horas.
Logo, se importar com reeleição além de ser exemplo de mesquinharia vã, é, ao mesmo tempo, demonstração ímpar de fraqueza, de pulso mole, de ausência completa de senso diretivo, predicados necessários a qualquer regente da Administração Pública.
Em Porto Velho, o espaço para enterrar pessoas está no fim e a Prefeitura da Capital teve de licitar gavetas em determinado cemitério particular, situação exposta durante a veiculação do Jornal Nacional.
Não há lugar nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), cem por cento lotadas, e os leitos clínicos também estão no fim.
O panorama é esse.
Claro, é necessário ressaltar que a posição de Marcos Rocha é dificílima, assim como a de qualquer outro gestor em todas as demais 26 unidades federativas do País. Qualquer que seja a diretriz, oras!, certamente não irá agradar a todos.
Porém, qualquer função, especialmente as públicas, e ainda mais precisamente as eletivas, ostentam ônus complexos onde muitas vezes medidas impopulares precisam se impor com intenção exclusiva de salvar vidas.
E sim, as vidas são mais importantes do que qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo!
Agora, esse amadorismo próprio da fragilidade crônica de quem não conserva qualquer convicção na condição de estadista cria ranhuras coletivas gerando sensação não só se insegurança, mas também de insurreição diante dos decretos editados e publicados agora pelo Palácio Rio Madeira com ainda mais frequência.
O estafe do alto escalão diretivo não dá sequer tempo à sociedade para que esta possa compreender os ditames desses regramentos, porque quando se aproxima da compreensão total, voilà!, Marcos Rocha já promoveu mais e mais alterações, ou a mais, ou a menos – como agora.
O Estado tornou-se a Casa da Mãe Joana; ou, de repente, o primeiro esteja mais desarranjado, bagunçado e fora de ordem do que a última, de causar inveja à dona da residência.
Para Rocha faz sentido brincar de “bota casaco, tira casaco” porque a memória é curta e do dia para noite os insatisfeitos ficam satisfeitos: é cíclico. E nessas de querer agradar a todos, esquece-se, inclui também o vírus, satisfazendo-o, cortejando-o, sem apresentar qualquer medida eficaz para imunização rápida e objetiva do povo rondoniense.
No dia 30 de janeiro o Rondônia Dinâmica escreveu editorial intitulado “Coronavírus – O ‘‘lockdown’’ fajuto e para inglês ver do Governo de Rondônia; são 250 mortos em apenas doze dias”.
No texto, a redação revela como tudo começou: Marcos Rocha, lá atrás, desautorizou publicamente a Polícia Militar (MP/RO), e, desde então, vem perdendo gradativamente o acatamento das pessoas, a tal ponto de que para fazê-lo amedrontar-se basta um trio de assessores de Eyder Brasil (PSL) e um monte de carros buzinando em frente à sede do Poder.
Para um militar que se vende como o suprassumo da coragem e da fé, lamentavelmente o que se vê, na realidade, é um homem grandalhão e de voz grossa extremamente melindroso, o que resulta num contraste diariamente fatal. E sem conseguir preservar uma única decisão difícil que seja, a extinção sumária do respeito comunitário é o único destino possível em sua trajetória.
Na minha opinião, todo trabalho é digno, logo, ninguém trabalha por bonito, se fecharem tudo, qual será o benefício ou ajuda do governo do estado pra quem necessita, quem não quiser trabalhar que fique em casa, se querem que o povo pare de trabalhar, então que pague as contas de água, luz, telefone, IPTU, aluguel, alimentação, porque ninguém consegue ficar tranquilo em casa se não tiver as contas em dias e a dispensa com alimentos suficientes, pensem nisso.