Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 03/03/2021 às 15h11
Eleições – O governador de Rondônia, Marcos Rocha, que se elegeu em 2018 pelo PSL, hoje está sem partido político. Não diz publicamente, mas deverá concorrer à reeleição em 2022, quando teremos as eleições gerais e serão eleitos –ou reeleitos– presidente da República, governadores e seus vices; uma das três vagas ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas. Em Rondônia, além de Marcos Rocha vários nomes já estão sendo comentados para concorrer à sucessão estadual do próximo ano, e dentre eles do senador e presidente regional do DEM, Marcos Rogério, xará de Rocha.
Eleições II – A provável candidatura de Marcos Rogério já provocou até um possível racha no PSDB, partido presidido no Estado pela deputada federal Mariana Carvalho, que é nome forte para a reeleição, mas não está descartada uma candidatura ao Senado. O ex-senador Expedito Júnior é nome expressivo dos tucanos em Rondônia. Ele concorreu ao governo do Estado em 2018, venceu o primeiro turno, mas foi derrotado por Rocha no segundo. Na disputa do segundo turno, Júnior teve apoio aberto de Marcos Rogério, que era deputado federal, mas estava eleito para uma das suas vagas ao Senado com votação elevada (324.939 votos), inclusive nos programas eleitorais. Foi um parceiro, mesmo sendo de outro partido.
Eleições III – Como o PSDB já tem seu pré-candidato, o prefeito reeleito de Porto Velho, Hildon Chaves, e Expedito Júnior deverá concorrer ao Senado, mas apoiando Rogério ao governo, o que se comenta é que ele se filiará ao PSD, partido presidido pelo filho, deputado federal Expedito Netto, no Estado. O PSD é hoje um partido com forte liderança em Rondônia e, prova disso foi a eleição de sete dos 52 prefeitos nas eleições de novembro de 2020. Somente o MDB e o DEM superaram o PSD e conseguiram eleger oito prefeitos, cada um. O PSD sete. Uma união PSD-DEM representa 15 prefeituras apoiando Rogério governador e Expedito senador. É uma parceria, que tem todas as condições de sucesso nas eleições do próximo ano.
Eleições IV – Como faltam pouco mais de 18 meses para as eleições não se sabe, até lá, como estará o índice de aprovação do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), que já formata sua reeleição. Se for positiva, e isso influencia muito, o governador Marcos Rocha, também sem partido não deverá ter apoio do atual presidente. É que Marcos Rogério tem participado, mesmo indiretamente de muitas ações do governo federal, inclusive para ocupar uma pasta ministerial (Minas e Energia). O que se comenta nos bastidores da política é que Rocha não terá apoio de Bolsonaro nas eleições de 2022, pois a preferência seria para o senador Marcos Rogério. Como o tempo é o Senhor da razão aguardar é a melhor decisão. Quem viver verá...
Vacinação – É importante que prefeituras e o governo do Estado, via secretarias de Saúde informem a população sobre as dificuldades para a concretização das duas fases da vacinação contra o coronavírus. Pessoal ligado à saúde, que estão no trabalho, idosos com idade superior a 80 anos e pessoas especiais estão recebendo a vacina. O problema é que o trabalho está sendo feito de forma lenta e há a expectativa, de quem tomou a primeira dose receber a segunda, pois a eficácia da vacina só ocorre com as duas fases de vacinação. A segunda é um reforço e depende da primeira. Por isso há muita preocupação de quando será o procedimento para a segunda fase, que está sendo protelada na maioria dos estados. A ampla divulgação é fundamental.
Respigo
A revoada de prefeitos na última semana em Brasília, boa parte acompanhada de vereadores que foram a um congresso na capital federal não deixou “sequelas”, apenas nos cofres públicos com a tradicional farra das diárias. Três dos 81 senadores estão contaminados pelo coronavírus, após o “passeio” dos prefeitos e dos “nobres pares” ao Congresso Nacional +++ Certamente teremos prefeitos e vereadores apresentando contaminação pelo covid-19 em Rondônia. O “passeio” sem necessidade a Brasília em tempo de elevado período de contaminação da pandemia, poderia –e deveria– ser evitado, pois as ações via internet, não são, apenas uma maneira de economia financeira a Estados e municípios, mas de poupar vidas humanas +++ Nem mesmo a ação letal do covid-19 em boa parte dos casos de contaminação inibem os políticos a abusarem da mordomia. E o povo que banque viagens e diárias desnecessárias e improdutivas.