Por José Luiz Alves
Publicada em 27/03/2021 às 09h30
Gentileza gera gentileza...!
Neste momento de crise em que vaca não reconhece bezerro, galinha abandona os pintos, os filhos choram e mãe não houve, as pessoas acossadas pela pandemia, naturalmente vão esquecendo que um bom dia! Um olá! Tudo bem! Um sorriso ainda tem o poder de transformar. Na metade da semana, em uma grande rede de supermercado, ao me deslocar em direção a fila do setor de pães, uma moça, elegante aguardava sua vez lendo um livro. As pessoas que estavam à frente dela foram sendo atendidas, enquanto ela permanecia firme na leitura. Delicadamente, falei: “moça a fila andou”.
De relance ela olhou em volta e falou: sim pode passar estou aguardando a minha mãe, acrescentando: lá em casa nós acompanhamos o seu trabalho falando sobre agronegócio, meus pais que são sulistas gostaram muito da entrevista com senador Pedro Simon. Agradeci, e fui adquirir meus pães. No retorno ela permanecia no mesmo local agora ao lado de uma senhora, também elegante com um carrinho lotado trocando idéias.
Falei “obrigado pela sua gentileza!” a moça abriu um sorriso e respondeu: “gentileza gera gentileza!” A senhora, por certo era a mãe dela interrompeu o curto diálogo, afirmando, o seu trabalho é bom levando informações as pessoas, mas precisa mostrar que o custo de vida está pela hora da morte. As palavras são como flechas, cortam o espaço zumbindo e cravam em seus objetivos marcando indelevelmente em nossas vidas.
Segui meu rumo, porém reconfortado com as palavras de carinho e reconhecimento daquelas duas pessoas que havia visto pela primeira vez. Nós que fizemos parte do gênero humano necessitamos de quando em vez, de um lenimento para nossas almas, neste momento de agruras, cruzando por este longo caminho cheio de espinhos e dores que ainda ninguém sabe com clareza aonde vai parar. De uma maneira ou de outra, é bom refletir, diante das verdades que nos cerca, pois, só os topetudos teimam em não ver.
Pólo agroindustrial
Para o engenheiro agrônomo, Robson Rizzon representante da multinacional nacional de insumos agrícolas, Lavoro para a região Norte, o município de Porto de Velho, em breve se tornará em grande pólo agroindustrial, pela sua posição geográfica, terras férteis e posição logísticas favoráveis as exportações. A soja, milho e algodão produzidos no Cone-Sul do estado, estão a mais de 700 quilômetros do sistema portuário, enquanto que a produção de grãos deste município se encontra a pouco a mais de 300 quilômetros. Com a maior produção de bovinos, o município de Porto Velho dentro desta projeção positiva deverá implantar um frigorífico para beneficiar a produção de carne do Acre e Sul do Amazonas.
Apoiando os pequenos
O presidente do Banco da Amazônia, o cacoalense, Valdecir Tose, sustenta que dos R$ 1,8 bilhão destinados ao agronegócio em Rondônia para safra 2021, R$ 300 milhões estão à disposição da agricultura familiar com juros que variam de 0,5 a 4,64% ao ano pelo Pronaf que vai de financiamentos de R$ 2.800,00 a R$ 30 mil. No ponto de vista de Valdecir Tose, Rondônia é o berço da agricultura na região Norte com o menor índice de inadimplência. Segundo, ele para agronegócio de precisão também não faltará recursos, basta os produtores rurais procurar as agências da instituição.
AMACRO
O superintendente da Suframa, Algacir Antônio Alfonsin, confirmou para os dias 19 e 20 de abril em Manaus, o lançamento oficial do AMACRO, consórcio composto pelos estados do Amazonas, Acre e Rondônia apoiando 32 municípios da região no sentido de que possam desenvolver e proteger ambientalmente incentivando a cadeia produtiva, implantando agroindústrias, orientando a produção e comercialização, sem destruir a floresta nativa. Fazem parte de consórcio, a Suframa, Sudam e Banco da Amazônia. Entre outras autoridades estão convidados os governadores do Amazonas, Wilson Lima, do Acre, Gladson Camelli e de Rondônia Marcos Rocha.
Queda na produção
A ausência de chuvas no período do plantio da soja, o excesso de águas na época da colheita dos grãos de acordo com a projeção de sojicultores no estado de Rondônia provocará uma queda na produção, em torno de 10% não se consolidando como um novo recorde na safra em que já foram colhidas mais de 50% dela. Com chuvas fortes neste período de colheita a qualidade dos grãos esta sendo comprometida pela umidade provocando perdas no momento da secagem para comercialização do produto. Contudo, segue em ritmo normal o plantio do milho safrinha e do arroz, na medida em que a soja deixa as lavouras.
Greve no campo...!
Com mais de 126 mil produtores de leite no estado de Rondônia, as lideranças rurais responsáveis por essa atividade que em 2021 está gerando mais de 1,1 milhão de litros do produto/dia, estudam a possibilidade de outra greve para forçar os laticínios a cumprir o compromisso de pagar um melhor preço pelo litro de leite, que atualmente vem sendo quitado no valor de R$ 1,20. Nas redes de supermercados, quitanda, armazéns e outros locais o litro do produto vem sendo comercializado acima de R$ 3,00.
Micro-crédito social
Lançado pelo governo de Rondônia, em março de 2020, no inicio da pandemia, o micro-crédito social, vem tendo neste momento de crise, um papel importante no atendimento a centenas de empreendedores rurais e urbanos. Já foram segundo Manoel Serra, presidente do Banco do Povo liberados mais de três mil projetos, com investimentos de R$ 10 milhões beneficiando mais de 9 mil pessoas. O destaque fica por conta de que os empréstimos a esses pequenos empreendedores, com parcelas mensais variadas, mesmo nesta época crítica estão sendo quitados rigorosamente.
Até a próxima
Pois é. Neste momento de pandemia, o bom mesmo é ficar entocado em casa, se precisar sair use máscaras, evitando aglomerações. Faz lembrar, a história do casal de vaga-lumes que namoravam em noite de lua cheia. De repente a fêmea alertou: “meu bem apague a luz que o grilo vem aí...” Se você, não quer ter grilo se cuide. Boa leitura e bom final de semana.