Por SINTERO
Publicada em 31/03/2021 às 14h11
A pandemia da Covid-19 impôs o isolamento social e obrigou os professores e professoras a atuar remotamente, através do regime de home office. No entanto, a medida tem onerado os profissionais com aumento de despesas que não estavam até então, programadas. Para amenizar os prejuízos financeiros sofridos pela categoria, o Sintero encaminhou ofícios ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), Governador Marcos Rocha, Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia (ALE/RO) e Secretaria de Estado da Educação (Seduc) reivindicando o retorno do auxílio transporte como forma de compensação aos servidores que encontram-se desassistidos. Destaca-se que desde 2020, quando iniciou as aulas remotas, o Sintero tem solicitado a criação de um auxílio aos docentes, inclusive requisitando intervenção da ALE/RO para que a situação seja resolvida. Entretanto, como não houve manifestação por parte dos deputados estaduais até o momento, o sindicato apela para que o retorno do auxílio transporte seja efetuado para ao menos, minimizar os gastos que os servidores estão custeando sozinhos.
Frequentemente, o Sintero tem denunciado à rotina exaustiva dos docentes neste momento de pandemia, que proporcionou desafios sem precedentes e obrigou uma adaptação e reinvenção imediata quanto a utilização das novas tecnologias, sem que os mesmos tivessem a chance de ter um treinamento ou experiência para atuar no ambiente virtual. Os efeitos perversos da pandemia para Educação incluem a falta de estrutura para desenvolvimento adequado das atividades, dificuldade de acesso às tecnologias, aumento da sobrecarga de trabalho dos professores, com adoecimento físico e mental dos profissionais. Também menciona-se os prejuízos financeiros no qual a categoria está custeando o aumento de despesas domésticas como, energia e ampliação de velocidade da internet banda larga e móvel. Destaca-se ainda os casos em que houve necessidade de compras de novos materiais eletrônicos, com memória elevada, para suportar a quantidade de informações enviadas e recebidas.
Sem manifestação ou qualquer tipo de sinalização por parte do Secretaria de Estado da Educação em prover assistência financeira aos servidores, o Sintero recorre aos parlamentares, bem como ao chefe maior do Estado e ao órgão fiscalizador, para que se sensibilizem com a questão e regulamentem a continuidade do pagamento do auxílio transporte como forma de minimizar os prejuízos salariais da categoria e para suprir as necessidades que o trabalho remoto apresenta.
O Sintero destaca que o município de Porto Velho e a esfera Federal continuam pagando o benefício. Portanto, encoraja a Secretaria de Estado da Educação a efetivar o retorno do auxílio transporte, como forma de auxiliar no pagamento de equipamentos e estrutura que não foram ofertados aos professores. Para o Sintero, não é justo que o benefício continue suspenso enquanto os professores e professoras de Rondônia financiam e arcam com seus custos de forma independente.