Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 04/03/2021 às 14h05
Lockdown – A decisão de o governo de Rondônia de aplicar o fechamento de praticamente todo o comércio em Rondônia, devido ao avanço dos casos de contaminações e óbitos no Estado nos finais de semana provocou reações diversas. É que desde o decreto da pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em março de 2020, que o comércio vem sendo o maior prejudicado com os constantes decretos de flexibilidade do setor. Sem poder faturar, os comerciantes, menos os dos supermercados, que nunca fecharam estão no prejuízo e com dificuldades para cumprir compromissos fiscais, tributários e empregatício, pois os rendimentos estão limitados. Caso o avanço da pandemia e dos óbitos continuem a previsão é de dias mais amargos dos que os enfrentados nos últimos 12 meses.
Transporte – Com a gasolina custando acima de R$ 5 o litro está ficando difícil para os motoristas de aplicativos manterem o preço das “corridas” tabelados há mais de um ano. Dependendo do trajeto, hoje, uma corrida em média fica em torno de R$ 5, quase o preço da tarifa de um ônibus do transporte coletivo urbano em Porto Velho. Esta semana houve manifestação dos motoristas de aplicativos na capital com centenas de veículos circulando nas ruas principais protestando contra os constantes aumentos do preço da gasolina e consequentemente do litro do álcool e do diesel. E o problema em Porto Velho é mais grave, porque eles e a empresa de transporte coletivo sofrem com os táxis clandestinos, que assediam passageiros nas paradas numa concorrência desleal, ilegal.
Clandestinos – A ação dos motoristas de assédio aos passageiros ocorre sem qualquer fiscalização ou punição da Secretaria Municipal de Trânsito (Semtran). Eles atual dia e noite assediando os passageiros, circulam com os veículos lotados e sem as mínimas condições de atender ao protocolo de combate e controle da pandemia. A polícia age até com certa eficiência no combate a festas nas áreas urbana e rural da capital, que ocorrem todas a semanas, mesmo com o decreto de lockdown para os finais de semana. O mesmo não ocorre com os táxis clandestinos, que estão entre as maiores fontes de contaminação pelo covid-19, porque circulam lotados de passageiros sem máscaras e não disponibilizando álcool em gel. Mas o vilão da contaminação é o comércio. Quando os clandestinos serão fiscalizados e punidos?
Contaminação – As pessoas que utilizam táxis clandestinos contaminam, são contaminados e levam para casa e ao trabalho o vírus transmissor da doença. O isolamento de idosos, pessoas com necessidades especiais, doenças pulmonares, dentre outras ficam em isolamento para se evitar a contaminação. Correto. Precauções que nada adiantam, pois quem utiliza táxis clandestinos para trabalhar, passear ou para outra atividade qualquer está levando para casa o vírus, que em muitos casos é letal. As autoridades ligadas à saúde pública devem ser mais enérgicas e atuantes contra a ação ilegal dessas pessoas irresponsáveis, pois eles estão contribuindo diretamente para a proliferação da doença.
Entidade – O líder comunitário Carlos Grenan de Araújo, muito conhecido na Zona Leste de Porto Velho, foi eleito presidente do Movimento Comunitário Trabalhista Municipal, que tem como finalidade dar suporte às famílias nas comunidades mais carentes, a princípio nos conjuntos habitacionais Como Mora Melhor e Cristal da Calama. Além de Carlos na presidência foram eleitos Cleonice de Souza, como vice e Williane da Silva Vasconcelos na 1ª secretária. Segundo Carlos Grenan, mais conhecido como Carlos do Lagoinha, “quando se reivindica em grupo os problemas das comunidades ficam menos difíceis de serem resolvidos, por isso criamos a nossa entidade para buscar soluções para os problemas, que são muitos”, afirmou.
Respigo
Está correto o deputado estadual Laerte Gomes (PSDB/Ji-Paraná), quando alerta para a legalidade na compra de vacinas contra o coronavírus pelos municípios. Segundo ele, coberto de razões, isso só será possível se o governo federal não cumprir, o Plano Nacional de Imunização (PNI), ou que ele seja modificado +++ Sobre os constantes abre e fecha do comércio alertou, que não adianta fechar pequenos comércios e deixar grandes supermercados funcionando, sem atender as exigências sanitárias. Os punidos são, apenas os pequenos comerciantes? +++ Em Ji-Paraná, disse Laerte, há supermercados lotados, sem a adoção dos devidos cuidados. “Por que fechar pequenos comércios e deixar empresas gigantes funcionando, sem o devido critério?”, questionou o ex-presidente da Assembleia Legislativa.