Por G1
Publicada em 10/03/2021 às 15h14
A variante do novo coronavírus conhecida como B.1.1.7, descoberta no Reino Unido no final do ano passado, aumenta o risco de morte entre os infectados em 64% em média, de acordo com estudo publicado nesta quarta-feira (10) no periódico científico "The British Medical Journal".
O estudo aponta que o risco pode ser entre 30% e 100% maior do que o oferecido por linhagens anteriores do Sars-Cov-2.
A variante B.1.1.7 foi detectada no Reino Unido em setembro de 2020, e desde então já foi encontrada em mais de 100 países. Ela tem 23 mutações em seu código genético – um número relativamente alto de alterações –, e algumas destas a tornaram muito mais capaz de se disseminar.
Cientistas britânicos dizem que ela é entre 40% e 70% mais transmissível do que variantes do coronavírus em circulação que antes predominavam.
Amostra do estudo
No estudo britânico, infecções da nova variante causaram 227 mortes em uma amostragem de 54.906 pacientes de Covid-19 – em um número igual de pacientes infectados com outras variantes foram 141.
"Somado à sua capacidade de se disseminar rapidamente, isto torna a B.1.1.7 uma ameaça que deveria ser levada a sério", disse Robert Challen, pesquisador da Universidade Exeter que coliderou a pesquisa.
Já Ellen Brooks-Pollock, também da Universidade de Bristol, considerou que foi uma “sorte” que a variante tenha surgido em uma área coberta por testes de genoma de rotina, o que permitiu que ela fosse identificada mais rapidamente pelas autoridades. “Futuras mutações podem surgir e se espalhar sem controle”, disse Ellen.