Por José Luiz Alves
Publicada em 30/04/2021 às 09h00
Não há progresso sem rodovias!
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO), presidente da Comissão de Agricultura no Senado Federal, vem cobrando com insistência do ministro da Infra Estrutura, Tarcisio Gomes de Freitas, para que através do Departamento Nacional de Infra Estrutura e Transportes (DNIT) órgão responsável pela administração direta das rodovias no País mantenha em condições razoáveis de tráfego a BR 364, por onde são escoada toda a produção de grãos de Rondônia e noroeste de Mato Grosso até o sistema portuário na capital Porto Velho. Repetir, que boa parte desta rodovia, tão importante para economia da região se encontra em estado lastimável pela buraqueira, é como aguardar chuva no molhado.
Os ex-presidentes Rodrigues Alves e Juscelino Kubistchek, cada um à seu tempo, já diziam que se os governantes construir estradas o desenvolvimento acompanha com a chegada dos produtores, rurais, comerciantes e empresários. O raciocínio tem lógica. Contudo, nestes tempos modernos as estradas transformadas em rodovias necessitam de preservação permanente, pelo vai-e-vem de veículos pesados. A BR 364, uma rodovia antiga projetada e para suportar veículos de menor porte, na atualidade sofre as conseqüências da modernidade.
Voltamos ao Ministro da Infra Estrutura, Sr. Tarcisio Gomes de Freitas que vem falando com certa frequência em estudos para privatizar a BR 364. Na prática entre o Sul de Rondônia e os Portos aqui na capital, haverá no mínimo de cinco a seis pontos de pedágio com cobranças pelos grupos responsáveis pela privatização. Esse peso cairá nos ombros dos produtores rurais, que obrigatoriamente terão quitar os pedágios sobre às viagens de vinda e retorno.
Nesta equação será importante a participação da classe política rondoniense para conferir o que deve ser colocado em prática, se a preservação e recuperação dos trechos mais críticos da BR 364, ou sua privatização.
Redução...!
Levantamentos internos nas principais instituições financeiras que operam com o sistema de crédito agrícola no estado de Rondônia revelam uma redução em torno de 30%, pelos produtores rurais na busca por recursos para custeio e investimentos nos últimos 90 dias. Essa ausência no interesse pelo crédito na área rural pode ser atribuída à pandemia, ou, as invasões de terras produtivas por grupos armados, que queimam e destroem benfeitorias no campo.
Invasões e prejuízos...!
As constantes invasões e destruições com atos de vandalismo, provocadas por jagunços e grileiros em áreas produtivas em Rondônia, além dos prejuízos localizados, o estado começa amargar com o afastamento de possíveis investidores que estão abandonando projetos para investir aqui em terras produtivas. Dois grandes grupos ligados ao setor do agronegócio um de São Paulo e outro do Paraná desistiram das negociações para aquisição de áreas, no município de Porto Velho para cultivar soja, milho e criação de bovinos confinados. Alegaram apatia dos órgãos de segurança, assim como insegurança jurídica para quem investe a produz no campo.
Não é bom virar balde...!
Há um adágio antigo que diz: “onde falta o pão todos brigam e ninguém tem razão”. Essa queda de braço entre um grupo de produtores de leite, laticínios, envolvendo governo e instituições representativas do setor nada mais é, do que, “farinha pouca meu pirão primeiro”. Se não existir, o bom senso em saber que o leite como qualquer outro produto, obrigatoriamente tem que acompanhar a lei mercado, de que quando existe excesso o preço cai, esses debates infrutíferos vão continuar com perda de tempo e desgastes para todos os lados. Se o balde continuar virado o prejuízo é maior.
Retomando os trabalhos
O superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-RO), Emerson Lira, frisa que as atividades relativas aos trabalhos de assistência gerencial no campo, estão atendendo nos 52 municípios de Rondônia, em todas as áreas produtivas. No segundo semestre de acordo com ele, os atendimentos pelo SENAR, no que tange ao agronegócio, será implementados na produção de café e cacau nos municípios de Ariquemes, Ouro Preto do Oeste e Nova Mamoré, respeitando todos os protocolos neste momento de pandemia.
Ensino no campo
Para a secretaria de Educação do município de Porto Velho, professora Glaucia Negreiros, os 146 novos ônibus adquiridos pela administração do prefeito, Hildon Chaves estão atendendo em perfeitas condições os alunos da área rural, que neste momento de pandemia estão recebendo ensino remoto, assim como os pais são atendidos com cestas básicas para auxiliar na alimentação dos alunos das 57 escolas rurais. Glaucia Negreiros Frisou que os alunos de todos distritos, inclusive os do baixo madeira, estão estudando graças aos esforços despendidos pelos professores.
A ponte agora vai...!
Depois de muitos avanços e recuos, tudo indica que de fato agora a ponte sobre o rio Madeira, no distrito de Ponta do Abunã, vai ser inaugurada no próximo final de semana, pelo presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades, entre elas, os governadores de Rondônia, Marcos Rocha e do Acre Gladson Camelli, bem como as bancadas federais destes dois estados. Essa obra é um sonho antigo de rondonienses e acreanos, que tem como objetivo e desenvolvimento sócio econômico da região norte e sul dos dois estados.
Até a próxima
Um bom final de semana, comemorando o dia dos Trabalhadores, aliás, todo dia é dia de quem trabalha. Sem aglomeração e farra, pois o coronavirus, não está dando trégua. Até a próxima!