Por Professor Nazareno
Publicada em 19/04/2021 às 09h02
Professor Nazareno*
Não entendi ainda o porquê de tanta discussão em torno de um medicamento milagroso como a Cloroquina. Eu, o Professor Nazareno, já fui salvo pelo menos duas vezes por esta droga abençoada. A primeira vez foi em 1988. Fui pescar na boca do rio Machado em Calama e lá contraí uma malária terrível. Duas cruzes de Vivax foi o diagnóstico que recebi. Fui tratado na época com 10 comprimidos de Cloroquina associados a 20 comprimidos de Primaquina. “Foi tiro e queda”. A malária sumiu com febre e tudo. Já a segunda vez que este “santo remédio” me salvou foi no ano 2000, ou seja, doze anos depois. Estava em Curitiba e uma segunda malária Vivax me consumia por dentro quando médicos do Cemetro de Manaus prescreveram-me o medicamento. Devia tomar 10 cápsulas em três dias seguidos. De novo fui salvo. Nada sinto até hoje.
Alguns dos poucos leitores meus têm hoje o desprazer de ler meus textos só por causa dessas doses de Cloroquina que tomei. Claro que algumas outras pessoas dizem também que foram as orações que elas fizeram para que eu escapasse. Já pensou Deus, o Todo Poderoso, sair do céu só para me salvar? Ou eu sou muito importante ou é esse Deus que não tem importância nenhuma. Mas na dúvida, dei total crédito aos dois tratamentos. Por isso, fico chateado quando falam mal da Cloroquina e também das rezas, fé e orações. Lembro-me de que na época tomei um remédio para vermes e outros parasitas. Deve ter sido a Ivermectina mesmo. Outro remédio santo, mas indicado para lombrigas. Para um vírus como esse Coronavírus, em tese, não há remédios. Somente vacina. E essa, se depender dos governos que temos, ainda demora.
Como eu não sou médico, não indico esses dois medicamentos para ninguém. O meu organismo certamente é diferente do de outros pacientes e reage também de forma diferente quando submetido a determinados tratamentos. Só que quase cem por cento dos médicos indicam Cloroquina para malária e Ivermectina para vermes e lombrigas. Aliás, a Cloroquina, que também é indicada para artrite reumatoide e Lúpus, tem reações adversas muito fortes em determinadas organismos. Associada a outras drogas, pode atacar em algumas pacientes o sistema hepático podendo causar hepatite, problemas renais, perda de pele, de cabelo e até síndrome de Stevens & Johnson. Foi o meu caso. Agora ser tratado com fé, reza e orações aí é outro departamento que só os padres, pastores, fiéis e outros seguidores, fanáticos ou não, vão poder explicar melhor.
Prescrever remédios sem eficácia comprovada é de uma irresponsabilidade sem tamanho. Não só pode levar pessoas à morte como também causar sérios transtornos a determinados organismos. Mas isso é coisa do gado, seguidor do Bolsonaro. Tratamento precoce para um vírus também não existe. A OMS e muitas farmacêuticas de fama mundial não recomendam e afirmam que não há nenhuma comprovação da eficácia de droga alguma contra o Coronavírus. Até agora, só a vacina mesmo. Coisa que o governo federal do Brasil demorou um ano para conseguir comprar as primeiras doses levando à morte muitos cidadãos do país. Além do mais, já são mais de três milhões de mortos no mundo com 141 milhões de infectados pelo vírus. No Brasil, se aproxima de 400 mil óbitos com quase 14 milhões de infectados. E por que o mundo civilizado não usou até agora esse tratamento precoce? É que só os tolos confundem malária com Coronavírus.
*Foi professor em Porto Velho