Por Redação
Publicada em 27/04/2021 às 15h18
Fenômeno global de audiência e arrecadação, os eSports (esportes eletrônicos) já provaram que vieram para ficar. De acordo com a Newzoo, empresa de consultoria especializada em analisar o mercado de esportes eletrônicos, somente no ano passado as receitas globais de eSports em streaming ao vivo totalizaram o montante de US$ 947,1 milhões.
O Brasil, principal potência da América Latina no segmento, tem uma participação muito importante no mercado global de esportes eletrônicos. País com dimensões continentais e com um povo fanático por eSports, o Brasil é dono do terceiro maior mercado de público no mundo e fica somente atrás de grandes potências, como a China e os Estados Unidos.
Segundo a Newzoo, o Brasil conta com 21,2 milhões de fãs de eSports. Sendo que, dentro desse total, 12 milhões fazem parte do público ocasional e 9,2 milhões são considerados entusiastas (aqueles que acompanham os esportes eletrônicos com frequência).
Alguns efeitos da alta popularidade dos eSports no Brasil
Esse grande número de seguidores assíduos reflete na audiência dos principais campeonatos de eSports organizados no País. No ano passado, a final da Liga Brasileira de Free Fire, um dos games mobile de maior apelo popular em solo brasileiro, bateu recorde de audiência simultânea. De acordo com o site GE, a decisão do campeonato nacional de Free Fire contou com 60 milhões de visualizações e teve um pico de 460 mil espectadores simultâneos.
O crescimento dos eSports no Brasil também influenciou o cenário das apostas esportivas nacional. Não à toa, sites de apostas de renome internacional têm em suas plataformas várias opções para apostar em diferentes modalidades de esportes eletrônicos.
Uma das empresas pioneiras em eSports no segmento foi a Betway, site de eSports bets, que em 2015 ficou conhecida como a primeira grande companhia do setor a investir exclusivamente nos esportes eletrônicos. Além de ter em sua plataforma dezenas de mercados para apostar em eSports, a Betway patrocina torneios e grandes equipes do mundo, como a exemplo da brasileira MIBR.
Também vale destacar a relevante participação de algumas das principais equipes de futebol do Brasil com a modalidade. O maior exemplo dessa parceria entre os dois mundos é o Flamengo, que conta com um dos melhores times de esportes eletrônicos da América Latina, o Flamengo Esports. Segundo pesquisa do Datafolha (2019), a equipe carioca lidera o ranking nacional de torcedores com 20% — ou seja, um a cada cinco brasileiros que se interessam por futebol são torcedores do time Rubro-Negro.
Essa aproximação do futebol com os eSports, como tem feito o Flamengo nos últimos anos, faz com que os torcedores passam a ter maior interesse pela modalidade. Sendo assim, essa combinação entre o público de futebol e os esportes eletrônicos tem o objetivo de conseguir maior engajamento para o setor em menor espaço de tempo.
Em abril deste ano, o Flamengo disputou a semifinal do Campeonato Brasileiro de League of Legends 2021 (1° split) contra a equipe paiN. No confronto entre os dois times houve um pico de 329 mil espectadores simultâneos, um dos maiores registrados na história da competição.
Rondônia é um dos Estados da Região Norte com maior representatividade nos eSports
Nos últimos anos, Rondônia tem revelado competidores de alto nível no cenário brasileiro de eSports. Um dos maiores representantes do Estado no segmento é o fenômeno Rodrigo "El Gato" Fernandes, um dos melhores jogadores de Free Fire na atualidade. Aos 24 anos, o rondoniano conquistou uma legião de fãs pelo País em suas lives jogando o game.
Outro destaque rondoniano é o jogador Júlio Paz, mais conhecido como “Poizon”. Craque no game League of Legends, o rondoniano faz parte da equipe do Fortaleza E-Sports, uma das principais equipes de esportes eletrônicos do Nordeste.
Assim como ocorre em outros Estados do Brasil, os clubes de futebol de Rondônia também estão investindo no setor. No ano passado, o Porto Velho iniciou seu projeto na modalidade e se tornou o primeiro time de futebol da capital rondoniana a abrir uma equipe de eSports.
Em 2021, o Barcelona de Rondônia seguiu o mesmo exemplo e deu seu pontapé inicial nos esportes eletrônicos — o projeto nasceu de uma parceria com a empresa Alpha Gg, De acordo com Ricardo Aparecido, um dos membros da direção da equipe, a ideia é popularizar a marca por todo o Brasil nos próximos anos.