Por Rondônia Dinâmica
Publicada em 02/04/2021 às 11h01
Porto Velho, RO – Março foi um mês especialmente aterrador para a população brasileira. Às pessoas normais, que compreendem o contexto e sabem dimensionar as circunstâncias da pandemia, soou como o ápice do Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2).
Cortejo atrás de cortejo, enterros aos montes.
Lado outro, negacionistas e/ou conspiracionistas continuam tentando impugnar a vida como ela é.
Entretanto, a despeito das teorias estapafúrdias que permeiam as redes sociais, especialmente nos recôncavos mais remotos, os fatos também estão em ebulição.
Como o levantamento exposto pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).
De acordo com os cartórios do País inteiro, 144.576 óbitos se concretizaram nos últimos 30 dias. E o número deve aumentar porque nem todos os registros entraram no cômputo ainda.
Em Rondônia, 4.196 cidadãos e cidadãs perderam a vida até o mesmo desde a eclosão viral pelo Planeta. E o estado encerrou o último mês com mais de 1.200 novas mortes pela Covid-19, monta que representa mais que o triplo do pior mês de 2020.
Para piorar tudo, a Controladoria-Geral da União (CGU) está investigando pelo menos 200 casos suspeitos de gente furando fila nas diligências de vacinação pelos 52 municípios.
Porém, não é o fundo do poço. As coisas podem piorar – e muito. Em declaração exclusiva ao Rondônia Dinâmica, o líder da banca federal, Lúcio Mosquini, do MDB, fez um alerta escorado em dados extraídos do próprio Ministério da Saúde.
Enquanto autoridades se desdobram por mais doses pressionando o governo federal por todos os flancos, aparentemente há, regionalmente, um represamento descabido das vacinas já enviadas ao estado.
E pior: as figuras políticas cobradas sobre a situação sequer se manifestam, contribuindo, indiretamente, com essa atmosfera trágica de perguntas sem resposta.
Com eixo da população se negando a cumprir as mínimas diretrizes sanitárias, como distanciamento social, uso de máscara e aplicação de álcool em gel 70% nas mãos, além de um punhado de mau-caráter passando na frente dos prioritários na hora da imunização, a tendência ainda é piorar bastante.
Isto sem contar a injustificável demora dos gestores que já receberam a vacina em extinguir de uma vez o estoque até para validar novas investidas em direção ao Planalto solicitando mais.