Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 28/04/2021 às 15h04
Alerta – O deputado estadual Jair Montes (Avante-PVH) usou a tribuna da Assembleia Legislativa (Ale), esta semana, para um alerta, que precisa ser mais bem explorado. Segundo o deputado, toda as vezes em que ocorre licitações emergenciais no Estado, uma empresa, que mantém monopólio sobre o lixo hospitalar, por exemplo, nunca permite que o certame seja concluído. É assim com o lixo hospitalar e foi com marmitas do sistema penitenciário, que levou a Secretaria de Justiça-Sejus, a anular o contrato. “Deixo aqui minha indignação com essas pessoas, que querem tratar de questões como esta como se fosse a casa delas, com o dinheiro do bolso delas. Para mim, são pessoas que parecem não ter nenhum tipo de escrúpulo”, disse Jair da tribuna. O assunto deverá render novos desdobramentos, porque a função de o deputado, não é denunciar, mas agir e certamente Montes está bem municiado.
Vacinas – E a sucessão estadual em Rondônia tem muito a ver com a compra de vacinas contra o coronavírus. O prefeito de Porto Velho, anunciou com o máximo de destaque ter adquirido diretamente 400 mil doses de vacinas da Oxford/AstraZeneca, que na verdade seriam 440 mil, pois a informação é que, a cada lote de 100 mil, o comprador receberia 10% de bonificação. A compra acabou dando chabu, porque a empresa intermediária está sendo investigada, após ação da Polícia Federal (PF). Prejuízo para a população do município, pois, com as demais vacinas enviadas pelo governo federal, teríamos praticamente todos os moradores da capital vacinados até o meio do ano. O prefeito Hildon Chaves (PSDB), que já trabalha uma candidatura ao governo do Estado perdeu espaço político, mesmo afirmando, que nada foi pago à empresa e que o município não teve prejuízo, financeiro. É que o povo não somente quer, mas precisa da vacina.
Vacinas II – Ocorre que o governo do Estado, que tinha comprado vacina, direto do laboratório também está enfrentando problemas. É que a Anvisa, ainda, não reconheceu a eficiência da vacina Russa, Sputnik V, que não tem permissão para ser comercializada no Brasil. Quando anunciou a compra das vacinas, o governador Marcos Rocha (Sem Partido), que deverá concorrer à reeleição, fez questão de destacar a legalidade da compra em suas redes sociais, logicamente tirando “uma casquinha” em Hildon Chaves, que também busca uma candidatura ao governo do Estado em 2022, inclusive com enormes chances de sucesso. Se as eleições fossem hoje, os demais candidatos ao governo de Rondônia em 2022, teriam dois fortes adversários prejudicados devido à falta de maior equilíbrio na compra da vacina, que hoje representa a vida, pois é a garantia de um antídoto contra a morte precoce.
Vacinação – A situação da vacinação no Brasil não é como a maioria da “Grande Imprensa” faz chegar à população. Segundo dados do Mapa de Vacinação do R7 e do Our World in Data, um monitor coordenado por pesquisadores da Universidade de Oxford, do Reino Unido, até às 12h do último sábado (24), o Brasil havia aplicado 29.598.436 doses e ocupava o quinto lugar no mundo, no ranking de maiores imunizações. Estava atrás de Estados Unidos, China, Índia e Reino Unido. Na proporcionalidade o Brasil está na posição 57 com 13,9 doses aplicadas a cada 100 habitantes. O país já ultrapassou as 30 milhões de doses aplicadas. Apesar dos pesares e da pressão constante, que sofre a rede pública federal, estadual e municipal, como se estivesse negligenciando na luta contra o covid-19, os números são bons, mesmo com a torcida dos “do contra”.
Bocas de fumo – Quem acompanha o noticiário policial, que ocorre com a grande maioria das pessoas que lê, ouve e assiste com constância os boletins das delegacias especializadas sobre a atuação dos “concessionários” na distribuição de drogas, seja na capital ou no interior, mesmo nas cidades de menor porte nota que se fala muito em “bocas de fumo”. Interessante que autoridades policiais informam aos repórteres, que na cidade existem inúmeros pontos de distribuição de drogas, inclusive as localizações dos locais da prática da ilegalidade. E fica a pergunta, que nunca tem resposta: se a polícia sabe onde ficam os postos distribuidores de drogas, por que não os fechar? Tem certas coisas, que nem Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise conseguiria explicar...
Respigo
O trabalho de reparo da Energisa, empresa que distribui energia elétrica em Rondônia, para troca de transformador e fios na região do Colégio Tiradentes, em Porto Velho na última terça-feira (27) demorou cerca de 8 horas. Um caminhão com carga fora do limite arrebentou os fios, inclusive de internet e telefone e danificou o transformador, que teve que ser trocado +++ A prefeitura tem que limitar a passagem de veículos com carga elevada em áreas residenciais para se evitar acidentes como o da última terça-feira, que ocorreu por volta das 8h30. A demora excessiva para o conserto espelha o estrago feito e o tempo estava normal, de sol à pino, se estivesse chovendo a demora seria maior +++ Os semáforos de Porto Velho, que, além da sinalização verde, amarelo e vermelho têm cronômetro de segundos, que estavam danificados estão funcionando normalmente. É que boa parte deles não estava com o cronômetro ativado prejudicando o controle do tempo pelos motoristas +++ Falta agora a sincronização, que está funcionando, apenas nos semáforos da Avenida Rio Madeira. Inclusive o controle de tempo, pois se o movimento é grande pela manhã, no sentido bairro centro, à tarde é ao contrário, por isso a necessidade de planejamento e garantia de tráfego fluindo mesmo em períodos de picos.