Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 17/04/2021 às 10h44
Os governadores em condições de concorrer a um segundo mandato, que são vários, e os prefeitos, que foram eleitos ou reeleitos em novembro último, nas eleições municipais que pretendam concorrer a governador nas eleições gerais do próximo ano já estão tendo dificuldades para trabalhar. Se apresentam ações mais ousadas de governo para agricultura, educação, saneamento básico, cultura, esportes e saúde, que é o grande desafio atual, devido ao coronavírus, são acusados de eleitoreiros.
Isso ocorre em Rondônia é não é diferente nos demais Estados e no Distrito Federal. Basta os gestores públicos, os que ocupam cargos executivos (presidente da República, governadores e prefeitos) apresentarem projetos mais ousados, que a oposição, principalmente nas redes sociais pressionam na tentativa de inviabilizar a iniciativa, com uma série de argumentos, principalmente, porque seriam propostas eleitoreiras.
Em Rondônia o governador Marcos Rocha, que foi eleito pelo PSL, mas hoje está sem partido e o prefeito-reeleito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), são dois nomes em potencial para as eleições do próximo ano. Em 2022 serão eleitos presidente da República, governadores, uma das três vagas de cada Estado ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas e Rocha e Chaves já sofrem pressões, após anunciarem recentemente obras importantes e de enorme apelo social.
Rocha lançou há dias em Guajará-Mirim, o projeto “Tchau Poeira”, que tem como objetivo investir na infraestrutura urbana, para garantir melhor trafegabilidade e principalmente a melhoria da qualidade de vida da população, além da valorização dos imóveis nos 52 municípios do Estado. Estão disponibilizados para o projeto, que já foi aprovado pela Assembleia Legislativa, R$ 300 milhões, que serão distribuídos de acordo com as parcerias efetivadas junto aos prefeitos. Após a conclusão do trabalho de assinaturas dos convênios imediatamente serão iniciados os trabalhos, segundo o governo.
Em Porto Velho o prefeito Hildon lançou o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), que fixa metas em itens prioritários como água encanada e tratada, resíduos sólidos, drenagem e rede de esgoto.
A cidade de Porto Velho tem cerca de 3% de rede de esgoto. A “estação de tratamento” é o rio Madeira, que banha a capital de Rondônia. A rede de galeria pluvial serve de esgoto, por isso o cheiro forte em vários pontos do centro da cidade. É ilegal, mas devido a precariedade da rede de esgoto as ligações clandestinas levam os dejetos para a galeria pluvial.
Porto Velho cresceu de forma vertiginosa nas últimas décadas, mas as invasões urbanas, que fomentaram o crescimento da cidade contribuiu diretamente para a falta de uma melhor infraestrutura urbana. Vários prefeitos passaram pelo comando do município e nenhum se dispôs a priorizar o saneamento e a mobilidade urbana, dois sérios problemas da capital.
A iniciativa do prefeito-reeleito, Hildon Chaves é oportuna, fundamental para o futuro de Porto Velho. A proposta do programa de saneamento básico, apesar de importante, a exemplo do “Tchau Poeira”, do governador Marcos Rocha, está sendo especulada pelos adversários. O prefeito Hildon Chaves está sendo malhado nas redes sociais, porque tem como objetivo uma candidatura ao governo do Estado nas eleições do próximo ano.
Enfrentar as urnas visando um cargo público executivo, como são os casos citados, de Rocha e Chaves, governador e prefeito, respectivamente não é tarefa fácil. Rocha, além de justificar o que fez e o que está fazendo, tem que convencer o eleitor do que mais poderá fazer na busca da reeleição.
Já Chaves conseguiu convencer o eleitorado dos demais municípios, que foi bem no primeiro mandato, pois foi reeleito, mas terá que sensibilizá-los no próximo ano, que suas propostas são melhores que as de Rocha e dos demais candidatos, que estarão na disputa do governo do Estado nas eleições de 2022.
O maior problema de quem está no Poder, como são os casos de Rocha e Hildon é superar a pressão dos adversários políticos, que devem ser respeitados e considerados, mas também as investidas dos inimigos políticos, aqueles que só visam denegrir pessoas e que pouco ou nada fazem em favor da comunidade, mas cobram como se fossem os donos da verdade.