Por Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 08/04/2021 às 16h07
"As capacidades dos supercomputadores são cruciais para o desenvolvimento de muitas - talvez quase todas - armas modernas e de sistemas de segurança nacional, incluindo armas nucleares e armas hipersónicas", explicou a secretária de Comércio, Gina Raimondo, num comunicado hoje divulgado.
As sanções têm como objetivo "impedir que a China aproveite a tecnologia dos Estados Unidos para apoiar os esforços desestabilizadores de modernização militar", acrescentou Raimondo.
As organizações que são objeto das sanções terão agora de beneficiar de uma isenção excecional para poderem negociar com os Estados Unidos.
O centro que abriga o supercomputador Sunway TaihuLIght na cidade de Wuxi, província de Jiangsu, leste da China, é uma das entidades que está na lista.
Quando foi lançado em 2016, o TaihuLIght foi considerado o computador mais rápido do mundo.
Num 'ranking' elaborado em junho de 2020, a partir de dados de investigadores, o mesmo computador ficou em 4.º lugar, atrás das máquinas japonesas e norte-americanas.
A China tem o maior número de supercomputadores, dispositivos ultra-poderosos que podem ser usados em campos tão diversos como computação remota, estudo do clima, engenharia e pesquisa militar.
Os Estados Unidos estão preocupados com a vontade dos chineses de adquirir, graças a esses computadores, um 'know-how' técnico que lhes permita modernizar o seu exército.
As tensões entre as duas maiores economias do mundo aumentaram nos últimos anos, principalmente em torno das acusações norte-americanas de roubo de propriedade intelectual por Pequim, que estão na base da guerra comercial entre EUA e China.
As manobras militares da China na Ásia e as suas violações dos direitos humanos - seja a repressão ao movimento de protesto em Hong Kong ou o tratamento da minoria uigur - são outras questões controversas.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu manter a pressão sobre Pequim, um raro ponto de convergência com o seu antecessor Donald Trump.