Por Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 06/04/2021 às 15h15
Numa videoconferência com a homóloga colombiana, Claudia Blum, o chefe da diplomacia de Marrocos indicou que Rabat continua a considerar Guaidó como "o governante legítimo da Venezuela".
Bourita destacou também ter recebido Juan Ignacio Guédez, enviado do líder da oposição venezuelana, como "representante da Venezuela", sem, porém, o qualificar como "embaixador". O encontro realizou-se a 25 de julho de 2019.
"Estamos a facilitar [a Guédez] os contactos com países árabes e africanos", acrescentou Bourita, lembrando que Marrocos foi o primeiro país da região (árabe-africana) que reconheceu o estatuto de Guaidó na Venezuela e que abriu as portas a um seu representante.
Embora tenha multiplicado as expressões de reconhecimento para com Guaidó e Guédez, Marrocos não chegou a encerrar a embaixada venezuelana em Rabat, ocupada por um representante nomeado pelo Presidente do país, Nicolás Maduro, e que continua a residir na capital marroquina, embora sem atividade diplomática.
Segundo reporta a agência noticiosa espanhola EFE, o chefe da diplomacia de Marrocos mostrou-se "em todos os momentos em sintonia" com Cláudia Blum, que, por seu lado, reiterou os esforços da Colômbia, dentro do chamado "Grupo de Lima", para criar as condições necessárias para a realização de eleições livres e transparentes na Venezuela.
Blum destacou o compromisso de Bogotá na questão dos refugiados que chegam à Colômbia provenientes da Venezuela que, no final de 2020, ascendiam a 1,79 milhão de pessoas.
O "Grupo de Lima", do qual a Argentina se retirou a 24 de março passado, integra os chefes da diplomacia da Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia. Os Estados Unidos, embora não integrem oficialmente o grupo, participam nas reuniões.