Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 15/04/2021 às 15h03
Saneamento... – Projeto protelado por prefeitos anteriores, o saneamento básico de Porto Velho sempre foi um desafio para os administradores públicos. A precária rede de esgoto da capital, que os técnicos afirmam ser de pouco mais de 3% tem como estação de tratamento o rio Madeira. Foi construída, ainda, na fundação da cidade há mais de um centenário. Há inclusive, muitas ligações clandestinas de esgoto na rede de galeria pluvial, por isso a fedentina constante em várias partes da área central. Os mais de R$ 600 milhões do governo federal, que ficaram disponíveis durante anos na Caixa Econômica Federal e foram devolvidos à União, por falta de projeto demonstrou a falta de interesse por obras que, ficam no subsolo, não tem visibilidade, mesmo que sejam fundamentais, como o saneamento básico.
...básico – Esta semana a câmara de vereadores entregou o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) ao prefeito-reeleito de Porto Velho prefeito Hildon Chaves (PSDB), aprovado pelo Legislativo Municipal. O PMSB fixa metas para investimentos em água tratada, resíduos sólidos, drenagem e esgoto, que será iniciado no governo de Chaves, mas que dependerá dos futuros administradores. Porto Velho é uma capital, que cresceu muito nas duas últimas décadas, econômica, social e politicamente, mas parou no tempo no que se refere a saneamento básico e mobilidade urbana, por exemplo. Caminhar pelas ruas e avenidas centrais da capital é difícil. As calçadas são irregulares, inclusive com degraus altos, sem as mínimas condições de uma pessoa idosa ou com dificuldades para caminhar circular. Além dos maus comerciantes, que insistem em entulhar as calçadas com propaganda, motocicletas e toda espécie de mercadoria. Em muitos locais as pessoas não conseguem utilizar as calçadas e são obrigadas a utilizar as ruas. E ninguém fiscaliza, orienta, adverte, pune. É o fim da rosca...
Senado – A coluna já noticiou há tempo, houve contestação dos envolvidos, mas a cada dia aumentam os comentários sobre a saída do ex-senador Expedito Júnior, do PSDB. É que Júnior tem como candidato ao governo do Estado o senador Marcos Rogério, presidente regional do DEM e que defendeu publicamente, inclusive no Horário Eleitoral Gratuito a candidatura de Júnior a governador em 2018. Nas eleições do próximo ano Expedito Júnior, acertadamente, não pretende concorrer ao governo do Estado, como em eleições anteriores (2014 e 2018) sem sucesso. Na época a opção pelo Senado certamente o levaria a vitória e ele não estaria sem mandato. Hoje a meta é o Senado, acertadamente.
Senado II – Nas eleições gerais de 2022 estará em disputa somente uma das três vagas de senador, hoje ocupada pelo senador Acir Gurgacz, presidente regional do PDT. Mesmo que Acir tenha condições eleitorais legais para concorrer no próximo ano, a meta não seria a reeleição, mas sim o governo do Estado. Uma dobradinha entre Marcos Rogério e Expedito Júnior, que provavelmente assinará ficha de filiação do PSD, partido presidido no Estado pelo seu filho, o deputado federal Expedito Netto, será difícil de ser superada, pois terá enormes chances de chegar ao segundo turno, que será inevitável. Pelo nível dos nomes contados a disputar a sucessão estadual, não teremos governador eleito no primeiro turno.
Chaves – A provável saída de Junior dos tucanos seria em razão de o partido, presidido pela deputada federal, Mariana Carvalho, já ter fechado questão com o prefeito-reeleito de Porto Velho, Hildon Chaves, do PSDB, ao governo do Estado. Chaves é um dos nomes em ascensão na política regional e com amplas condições de chegar ao governo do Estado. Como o apoio de Expedito Júnior é para o senador Marcos Rogério, que também vem com uma carreia meteórica na política, passando pela câmara de vereadores de Ji-Paraná, eleito deputado federal em 2010, reeleito em 2014 e eleito senador em 2018, o mais bem votado do Estado com 324.939 votos sua permanência no PSDB ficou inviável. Quem viver verá...
Respigo
Cerca de 50% dos produtores de leite de Rondônia estão há dias em greve e não entregam o produto nos laticínios. A revolta ocorre em razão do preço baixo pago aos produtores e houve, inclusive, derramamento de leite em praça pública, como protesto +++ Protestar, promover greve são direitos, mas jogar alimento fora, tão nutritivo como leite é uma incoerência. Esta semana a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) de Rolim de Moura recebeu 250 litros de produtores do município para distribuir à população, gesto dos mais elogiáveis +++ Os ônibus do transporte coletivo de Porto Velho, que até a última semana circulavam praticamente vazios, agora com a tarifa zero, devido a pandemia, estão com ocupação máxima, alguns excedendo o limite. Seria importante que os cuidados preventivos contra o coronavírus sejam respeitados e, se necessário colocar mais veículos para atender a demanda +++ A tarifa é zero para o usuário, mas é importante esclarecer, que quem está bancando é a população, que paga impostos, tributos, taxas. Méritos para a iniciativa, necessária e oportuna, mas vamos manter o protocolo mínimo para se evitar o crescimento dos casos do covid-19.