Por Robson Oliveira
Publicada em 06/04/2021 às 15h35
FILIAÇÕES
Com a proximidade das eleições de 2022 os caciques começam a arregimentar filiados com possibilidades eleitorais para garantir o coeficiente eleitoral e o maior número de eleitos, visto que não há mais coligações. PSD, PSDB, MDB, DEM E PODEMOS saíram na frente. O PSL perdeu Marcos Rocha e não tem conseguido seduzir nomes densos para sua legenda.
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Embora ainda haja alguma ligação no estado entre Democratas e Tucanos, as relações dos principais caciques das legendas, senador Marcos Rogério e o prefeito da capital Hildon Chaves, andaram estremecidas depois que ambos passaram a ser especulados como prováveis candidatos a candidatos a governador. Os bombeiros das duas legendas entraram em campo e agiram rápido para apaziguar os ânimos. Domingo passado jantaram juntos e o cardápio devorado constava os adversários já conhecidos.
VONTADE
Perguntado sobre a hipótese de uma candidatura ao Governo de Rondônia o prefeito Hildon Chaves desconversa, apesar de que no semblante é perceptível a satisfação. Com o período das chuvas cessando nos próximos quarenta dias o prefeito pretende manter um ritmo de asfaltamento intenso, dando visibilidade à gestão. Quem o conhece sabe que a vontade de governar o estado é grande, mesmo tendo no grupo político outro pretendente à vaga que fará de tudo para inviabilizá-lo.
INERTE
Já o governador Marcos Rocha, ainda sem partido, se mantém inerte em relação à reeleição. Evita comentar publicamente sobre o tema e em privado avalia as probabilidades eleitorais. Como é um dos governantes que venceu as eleições passadas no vácuo do atual presidente Bolsonaro, não conseguiu até o momento atrair para um eventual projeto de reeleição alguém com capilaridade eleitoral capaz de ajudar a catapultá-lo para o segundo mandato. Em 2022 será compelido a defender os feitos da sua administração e obrigado a se defender das críticas dos adversários, o que exigirá muito mais do candidato do que a suposta amizade com Bolsonaro, o que, aliás, não serviu para trazer o volume consistente de recursos para Rondônia tão prometido em 2018.
PESQUISA
A coluna está monitorando de longe duas pesquisas que estão sendo encomendadas para maio sobre a sucessão estadual. Nesta terça-feira (6), pela primeira vez, uma pesquisa nacional mostra que se as eleições fossem hoje o ex-presidente Lula venceria em todos os cenários, inclusive contra Jair Bolsonaro. A pesquisa é de responsabilidade da XP, a queridinha do mercado financeiro nacional.
ISOLADO
Mesmo em queda, Rondônia é um dos pouquíssimos estados onde o presidente ainda goza de popularidade, apesar de que esta aprovação aparentemente não é suficiente para melhorar a imagem do governador, que com a incapacidade de conter a pandemia e vacinar a população ficou destroçada. Como não há em curso uma revoada partidária em direção à reeleição do governador – adesões que sempre ocorreram em reeleições -, as pesquisas servirão de guia para os caciques definirem o futuro. Marcos Rocha continua sem partido, sem vacinas e sem defensores. Vive isolado, literalmente.
DERROCADA
Ainda é muito cedo para cravar um prognóstico eleitoral porque a política é como nuvem: “você olha ela está de um jeito, olha de novo e ela já mudou”. Mas a pesquisa da XP/IPESP é um indicativo de que o bolsonarismo começa a cair avassaladoramente na mesma velocidade que aumentam os óbitos pela Covid.
QUINTA COLUNA
Nem o kit precoce, composto por um vermífugo, um remédio para malária e um antibiótico, tem ajudado a conter a derrocada do capitão, mesmo com a ajuda de parte dos médicos brasileiros que prescreve e defende a infamante medicação contra a Covid-19, sem comprovação científica. Essa quinta coluna também não acredita em pesquisa e tem contestado nas redes sociais os números apontando a derrocada do capitão. E a população tem percebido a incompetência do governo ao lidar com a pandemia, a mesma que nos Estados Unidos ajudou a sepultar a reeleição de Donald Trump e tende a se repetir abaixo da linha do Equador, conforme pesquisa.
ZÉ DO GORRO
O Secretário estadual da Saúde Fernando Máximo usa em qualquer ocasião um gorro (não é o hospitalar) como marca própria que o diferencia entre os auxiliares do governo. Máximo não dispensa o gorro nem quando viaja para outros estados e embarca nas aeronaves parlamentado com paletó, grava e o indefectível gorro. Em razão o acessório já ganhou o epíteto de "Zé do Gorro". De pandemia o secretário entende pouco, mas é eficiente em chamar atenção com o marketing no quengo.