Por Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 23/04/2021 às 15h55
"As autoridades desses países não devem duvidar da nossa resposta. Os seus diplomatas podem continuar a interrogar-se quem terá de fazer as malas", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.
Os três países bálticos, Estónia, Letónia e Lituânia, anunciaram hoje a expulsão de quatro diplomatas russos em sinal de solidariedade com a República Checa, pelo alegado envolvimento de Moscovo na explosão de um paiol de pólvora checo, no qual dois trabalhadores morreram, em 2014.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros lituano declarou que o seu país vai expulsar dois membros do pessoal da embaixada da Rússia por solidariedade face a este "incidente sem precedentes e perigoso", enquanto a Letónia e a Estónia indicaram que cada um vai expulsar um diplomata russo.
O Ministério das Relações Exteriores da Estónia também anunciou a expulsão de um diplomata russo na sua conta na rede social Twitter, enquanto na capital lituana o chefe da diplomacia, Gabrielius Landsbergis, disse que o seu país iria expulsar dois diplomatas russos.
Na Estónia, o Ministério dos Negócios Estrangeiros explicou que "a ação da Rússia viola o direito internacional, compromete a segurança e a estabilidade europeias e é inaceitável".
O ministro dos Negócios estrangeiros letão, Edgars Rinkevics, justificou a decisão ao indicar que o seu país "não tolerará atividades subversivas no seu território ou no dos seus parceiros e aliados".
De acordo com os 'media' internacionais, as explosões causadas pelos alegados sabotadores russos tiveram como objetivo impedir a entrega de armas à Ucrânia, durante a ocupação russa da Crimeia.
Moscovo reagiu às acusações dizendo que eram "absurdas" e expulsou 20 diplomatas da República Checa.