Por Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 09/04/2021 às 15h57
"Assassinar um jornalista é um ato desprezível e cobarde. A Europa representa a liberdade. E a liberdade de imprensa é talvez a mais sagrada de todas", lê-se numa mensagem publicada por Ursula von der Leyen na sua conta oficial na rede social Twitter.
A presidente da Comissão Europeia reagia assim ao anúncio da morte de Giorgos Karaïvaz, jornalista da televisão privada grega Star, que foi hoje assassinado a tiro, segundo fonte do gabinete de imprensa da polícia de Atenas em declarações à agência France-Presse.
Frisando que os "jornalistas devem ser capazes de trabalhar em segurança", Von der Leyen diz que os seus "pensamentos estão com a família de Giorgos Karaïvaz", e "espera que os criminosos sejam trazidos perante a justiça brevemente".
O presidente do Parlamento Europeu (PE), David Sassoli, também reagiu ao assassínio do jornalista grego, mostrando-se "devastado com as notícias" da sua morte.
"As investigações devem esclarecer urgentemente se o assassínio estava ligado ao seu trabalho. As nossas condolências sentidas à sua família e amigos", afirma Sassoli também através do Twitter.
Giorgos Karaïvaz, especializado em assuntos criminais, foi hoje morto por desconhecidos em frente da sua casa em Alimos, nos subúrbios de Atenas, anunciou fonte policial.
A notícia chocou o meio jornalístico grego e vários órgãos de comunicação social interromperam os seus programas.
O jornalista, que teria mais de cinquenta anos, trabalhou em vários 'media' gregos.
Segundo a rádio privada Skai, foi atingido por "numerosas balas quando chegava a casa após uma emissão televisiva".
A mesma fonte acrescenta que foram encontradas 17 cápsulas de balas em frente à sua casa.
"Foi morto numa emboscada mortal", refere uma fonte do gabinete de imprensa da polícia de Atenas à France-Presse.
Segundo as primeiras informações dos 'media' gregos, duas pessoas numa moto dispararam pelo menos seis balas contra o jornalista, que morreu instantaneamente.
Giorgos Karaïvaz era casado e tinha um filho, segundo a comunicação social.
Embora os 'media' privados gregos sejam frequentemente alvo de ataques incendiários ou vandalismo, são raros os assassínios de jornalistas no país.
Em 2010, o jornalista de investigação grego Socratis Giolias foi morto em frente ao seu domicílio num subúrbio de Atenas, num ataque reivindicado por um grupo de extrema-esquerda.
Até hoje, a polícia não encontrou os culpados.