Por Rondoniadinamica
Publicada em 22/05/2021 às 09h36
Porto Velho, RO – Rondônia já ultrapassou a marca dos 5,5 mil mortos por Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) e a bancada federal aparentemente está alheia aos desdobramentos da CPI no Senado.
À exceção de Marcos Rogério, membro-governista, com atuação descaradamente enviesada, politiqueira e às avessas com a realidade, os demais estão pianinhos, dando de ombros, fingindo que não é com eles.
Dentro deste panorama há de se reconhecer que, a despeito da covardia e do fato de ignorar completamente o suplício conservado pelas famílias de 446 mil falecidos, Rogério ao menos escolheu trilhar um caminho de forma explícita, doa a quem doer.
Agora, quem promoveu o abre-alas da covardia institucional na realidade foi o emedebista Confúcio Moura, do MDB. Há algum tempo, lançou uma crítica nominal em direção ao presidente da República Jair Bolsonaro, sem partido. Acuado pela milícia digital formada por asseclas e seguidores hidrófobos, excluiu a veiculação.
E o receio de um congressista em posicionar-se, independentemente do assunto, carrega consigo faceta sombria dessa democracia falseada vivenciada pelo brasileiro nos últimos anos.
Não importa a concepção. Não importa o lado. Não importa se é base ou oposição. Não importa se é direita, esquerda ou centro. Para que haja soberania plena do povo, representado momentaneamente por oito deputados federais e três senadores, as visões de mundo devem prevalecer sobre a pressão de quem quer que seja.
Porque ao menos até que seja instituída oficialmente, bem, o território pátrio ainda não é gerido por ditadura. Isto, claro, apesar de alguns esforços tupiniquins de viés autoritário.
O eleitor quer saber com a mais absoluta certeza quais são as convicções de seus escolhidos sobre temas relevantes, especialmente os de consequências nacionais.
Em Brasília, já são várias as autoridades ouvidas cujos depoimentos foram colhidos pela CPI da Pandemia. Há informações suficientes para que sejam formados os devidos juízos de valor acerca de cada caso apresentado.
A escritora e poeta estadunidense Ella Wheeler Wilcox (1850-1919) os definiu muito bem ainda que sem saber quando lançou a seguinte assertiva:
“Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes”.