Por Rondônia Dinâmica
Publicada em 05/05/2021 às 10h10
O jornalista Alexandre Garcia repercutiu esta semana em seu canal na Internet a atuação de uma suposta guerrilha composta por aproximadamente 40 milicianos e que vêm invadindo fazendas, colocando funcionários de propriedades pra correr através da força de intimidação e com a utilização de armamento pesado no interior do Estado.
Segundo o renomado jornalista, dentre os relatos feitos por Marcos Rocha, na capital federal, o grupo possui o nome de ´Liga Camponesa dos Pobres´. Na realidade, o nome correto seria Liga dos Camponeses Pobres (LCP), um grupo criado em Rondônia em 1999 e que defende uma Resolução Agrária e que teria ligação com as Farc colombiana.
O grupo, segundo relato do jornalista, ´tem todas as características, estratégicas, táticas, armas, ligações com drogas, e muita munição´. Toda as fazendas, segundo ele, foram assaltadas com modus operandi idênticos por homem muito bem armados, que espancam os funcionários dessas fazendas e dão muitos tiros para o alto.
O jornalista disse ainda que a “polícia e a inteligência da Segurança Pública estadual já descobriram, inclusive, ingredientes para refino de droga´. A situação está tão crítica que já motivou, inclusive, uma reunião em Brasília, envolvendo os Ministérios da Defesa, Ministério da Justiça, Procuradoria da República e Conselho Nacional de Justiça.
Em seu post na Internet, denominado ´´ MISSÃO CAMPO PROTEGIDO´´, Marcos Rocha fala que apresentou ao presidente Jair Bolsonaro o problema das invasões e crimes bárbaros cometidos em Rondônia. Mostrei as imagens dos nossos policiais assassinados, de jovens executados, torturas, fazendas produtivas e legais destruídas, casos de estupros, destruição da floresta, roubos e estoque de armamento de uso exclusivo das forças armadas, refino de cocaína e outras drogas (a lista é grande).
O governador diz ter exposto ao presidente, os relatórios de inteligência e vídeos do modus operandi, incluindo táticas de guerrilhas e o tribunal paralelo, além do armamento pesado que essas organizações criminosas possuem. — O Presidente está do lado das famílias de bem que estão sofrendo com a barbárie causada por esses grupos armados. o objetivo desses grupos é consolidar um poder paralelo.
Na regunião realizada com a Procuradoria da República, Direitos Humanos, e Ministério da Justiça, a que se referiu o jornalista Alexandre Garcia, foram discutidas três linhas de atuação no combate às organizações criminosas que estão agindo no campo em Rondônia: o primeiro fala no aumento e preservação de efetivo no campo para garantir a segurança das famílias de bem (é onde entra a Força Nacional e a Polícia Federal); resolução de questões jurídicas que envolvem várias reintegrações de áreas invadidas por grileiros e milícias e que estão travadas (que acabam sempre protegendo criminosos); e, a longo prazo, como dar um fim a essas ações criminosas que não podem sair impunes.
Além de Porto Velho, a LCP está em outro litígio na região do Cone Sul do estado, onde mantém um acampamento próximo à região da Fazenda Santa Elina, onde em 1995, ocorreu o Massacre de Corumbiara. A área pertence a uma empresa agropecuária, mas devido os ânimos inflamados e a presença de crianças e idosos no local, o Tribunal de Justiça resolveu suspender a operação de reintegração e posse temendo algum confronto.