Por Folha do Sul
Publicada em 24/05/2021 às 09h46
Uma foto histórica. É essa a melhor frase para descrever a imagem que o leitor está vendo nesta página.
A foto mostra um dia que entrou para a história de Cerejeiras. Foi em 1987 e a imagem registra a visita histórica do quarto maior artilheiro do futebol brasileiro de todos os tempos: Dario José dos Santos, ou, como é conhecido, “Dadá Maravilha” (do meio, sem camisa e de calção azul-claro). Os pioneiros consultados pela reportagem tiveram dificuldade de lembrar a data exata, mas todos eles afirmam que é muito provável que seja no dia 05 de agosto, aniversário do município.
Segundo relatos de testemunhas da época, o grande artilheiro, que tem 926 gols em sua carreira profissional, veio a Cerejeiras participar de um jogo amistoso.
“Foi um dia festivo. Foi um imenso privilégio poder participar deste momento histórico para o esporte e para o município de Cerejeiras”, disse o hoje pastor evangélico Wellinton Oliveira dos Santos (na foto, sem camisa e de calção xadrez), que na época era contador na cidade e atualmente mora em Linhares, no Espírito Santo.
Também aparecendo na imagem, o hoje sargento da Polícia Militar, Dirceu Nascimento (de camiseta azul jogada no pescoço) se recorda bem daquele dia histórico. “O jogo foi no local que era chamado de Campo do Trento”, disse o militar, que na época era um jovem em busca de um meio de ganhar a vida e atualmente continua morando no município.
O também pioneiro cerejeirense, Sebastião Sampaio, um apaixonado por futebol, é outro esteve no jogo amistoso com Dadá Maravilha naquele dia (embora não apareça na foto). “Cerejeiras tinha um time de futebol que participava de campeonatos estaduais. Foi num destes jogos que recebemos este ídolo da Copa”, disse.
Dadá Maravilha, hoje com 75 anos, ficou conhecido não só pelo bom futebol que praticava, mas pelas frases exóticas que proferia nas entrevistas. Centroavante reserva na Copa de 1972, o jogador proferiu pérolas como as seguintes afirmações: "Não venha com a problemática que eu dou a solucionática"; "Existem três coisas que param no ar: beija-flor, helicóptero e Dadá Maravilha" e "Nunca aprendi a jogar futebol, pois perdi muito tempo fazendo gols".